O ciclo de vida é composto por todas as fases da vida de uma pessoa que, de forma geral, são divididas em: juventude, meia idade e aposentadoria.
Na juventude, embora haja uma abundância de disposição, energia e tempo, os recursos financeiros são mais escassos inicialmente. É durante essa fase que os indivíduos tomam a decisão inicial sobre qual carreira seguir e ingressam na faculdade, priorizando seu desenvolvimento pessoal para colher os frutos posteriormente. Geralmente, é também nesse período que ocorre o primeiro contato com finanças pessoais e investimentos – com maior probabilidade de assumir riscos -, seja para renda futura ou para objetivos pessoais de curto e médio prazo. Em resumo, é uma fase de qualificação profissional e acumulação de patrimônio.
Posteriormente, chegamos à meia idade. Aqui, já se possui certa estabilidade, com os objetivos já divergindo da juventude. Nessa fase, com renda e qualificação profissional mais elevada, surgem os desejos de aumento de qualidade de vida e constituição de família. A estabilidade se torna a figura central, buscando manter a acumulação de riqueza, porém com menor proporção a tomada de riscos.
Por fim, chegamos à aposentadoria. Aqui, é o momento de usufruir de todos os anos de trabalho e esforço pessoal realizado. Nessa fase, o trabalho não se torna mais obrigatório e, sim opcional – para quem ao longo da vida poupou e investiu seus recursos através de um planejamento financeiro eficiente. Aqui, os filhos já estão maiores, a idade já está mais avançada e, se faz necessário, pensar no planejamento sucessório. Mais do que isso, conforme mencionamos acima, é hora de literalmente curtir mais a vida com a família e amigos – mesmo que a disposição e energia não sejam as mesmas da juventude -, com mais tempo ocioso e renda condizente com seu padrão de vida. Os gastos médicos tendem a aumentar nessa fase e, o patrimônio acumulado ao longo dos anos, tem papel crucial nesse processo.
Como podemos notar, não se pode ter tudo ao mesmo tempo. Ao passo que na juventude se tem muita saúde e disposição, a renda é limitada. Da mesma forma que, no período de aposentadoria, se possui um patrimônio mais elevado, porém uma saúde mais deteriorada e menor disposição.
Dentro desse contexto, a organização financeira e o ato de começar cedo a pensar no seu futuro fazem toda a diferença para que possamos aproveitar todas as fases da vida da melhor maneira possível.
Como exemplo, imagine 3 indivíduos que possuam o mesmo objetivo: se aposentar aos 65 anos com um patrimônio de R$ 1.000.000,00. Leve em consideração que cada participante iniciou os aportes mensais em idades divergentes, com 25, 35 e 45 anos. Veja abaixo o resultado.
Aporte mensais necessários para atingir o montante de R$1.000.000,00 aos 65 anos
Idade de início dos aportes | Idade de aposentadoria | Aporte Mensal |
25 | 65 | R$ 310,45 |
35 | 65 | R$ 709,95 |
45 | 65 | R$ 1.757,47 |
A diferença de aportes necessários para atingir o mesmo objetivo de acumular 1 milhão aos 65 anos é bem alta, não é mesmo? Aqui fica claro a importância de começar a investir cedo para que seu dinheiro multiplique ao longo do tempo. Juros compostos e a variável tempo, são imbatíveis no longo prazo.