Quando falamos de educação financeira, um dos primeiros conceitos que vem à mente é a renda fixa. Mas o que exatamente é renda fixa e como ela pode beneficiar quem está pensando no futuro financeiro?
Renda fixa é um tipo de investimento onde as condições de remuneração e o prazo do investimento são conhecidos no momento da aplicação. Em outras palavras, ao investir em renda fixa, você sabe quanto vai receber ao final do período estabelecido, ou pelo menos como será calculado esse valor.
Principais Ativos de Renda Fixa
Existem diversos tipos de ativos de renda fixa disponíveis no mercado. Aqui estão alguns dos mais comuns:
Tipos de Rentabilidade: Prefixada, Pós-fixada e Híbrida
Os investimentos em renda fixa podem oferecer diferentes tipos de rentabilidade, que influenciam diretamente o modo e a quantia que você receberá ao final do período de investimento.
A rentabilidade prefixada é aquela onde a taxa de juros é definida no momento da aplicação e permanece a mesma até o vencimento do título. Por exemplo, se você investir em um CDB com rentabilidade de 8% ao ano, saberá exatamente quanto receberá ao final do período. A principal vantagem deste tipo de investimento é a previsibilidade dos ganhos, permitindo um planejamento financeiro mais preciso. No entanto, essa previsibilidade pode se tornar uma desvantagem se a taxa de juros no mercado subir durante o período do investimento, pois os ganhos poderiam ser menores em comparação com outras opções de investimento disponíveis.
A rentabilidade pós-fixada está atrelada a um índice, como a taxa Selic ou o CDI, que podem variar ao longo do tempo. Um exemplo seria um LCI que paga 90% do CDI, onde o rendimento final dependerá do desempenho do CDI durante o período. A vantagem desse tipo de rentabilidade é que ele acompanha a inflação ou as taxas de juros, podendo ser mais vantajoso se essas taxas subirem. Entretanto, a desvantagem é a menor previsibilidade dos ganhos, já que o retorno pode variar conforme as mudanças no índice de referência.
Por fim, a rentabilidade híbrida combina uma taxa fixa com uma taxa variável, geralmente atrelada a um índice de inflação, como o IPCA. Por exemplo, um título público que remunera IPCA + 4% ao ano oferece uma parte do rendimento fixa e outra variável, conforme a inflação. A principal vantagem dessa modalidade é a proteção contra a inflação, garantindo um ganho real ao investidor. Contudo, essa rentabilidade pode apresentar volatilidade na parte atrelada ao índice de inflação, o que pode ser visto como uma desvantagem.
Marcação a Mercado vs. Marcação na Curva
Ao investir em renda fixa, é importante entender dois conceitos fundamentais: marcação a mercado e marcação na curva.
A marcação a mercado é o processo de avaliar o valor de um título de renda fixa com base nos preços praticados no mercado naquele momento. Isso significa que o valor do título pode variar diariamente, de acordo com as condições de mercado, como a taxa de juros e a demanda por aquele título. Essa variação é importante para quem pensa em vender o título antes do vencimento, pois o preço atual pode estar acima ou abaixo do preço de compra, resultando em ganho ou perda para o investidor em relação ao capital inicial investido
A marcação na curva, por outro lado, é uma forma de avaliar o título considerando apenas o seu valor de face e os juros acumulados até o momento. Nesse caso, desconsidera-se a volatilidade do mercado. É mais utilizada por investidores que pretendem manter o título até o vencimento, pois garante que o rendimento prometido no início será cumprido.
Vantagens da Renda Fixa
Entender os conceitos de renda fixa e como funcionam seus ativos pode parecer complicado à primeira vista, mas é essencial para tomar decisões financeiras informadas. Seja através de títulos públicos, CDBs, LCIs, LCAs ou debêntures, a renda fixa oferece uma maneira segura e eficiente de fazer o seu patrimônio crescer, especialmente quando consideramos estratégias como marcação a mercado e marcação na curva.