Um estudo publicado na revista Science hoje promete acrescentar mais polêmica à discussão sobre os benefícios que os avanços da genética trazem para o conhecimento da saúde. Suas implicações econômicas também não podem ser descartadas.
A pesquisa da Escola de Saúde Pública da Universidade de Boston, liderado pela cientista Paola Sebastiani, mostra uma série de padrões genéticos (SNPs, na sigla em inglês) associados a indivíduos que vivem mais de 100 anos. Levanta-se a possibilidade de que, no futuro, será possível prever se os portadores desse padrão genético terão uma vida longa, desde que façam escolhas saudáveis e os fatores ambientais permitam. Suas implicações vão muito além da medicina. A expectativa sobre o envelhecimento da população influencia o consumo, a transferência de capital e propriedades, impostos, pensões, o mercado de trabalho, a composição e a organização da família. Sem falar em planos de saúde e previdência.
O temor imediato, muito discutido nos Estados Unidos e em países da Europa, é de que as informações contidas nos genes poderiam ser utilizadas pelas empresas de seguros ou de planos de saúde, que passariam a cobrar mais tanto das pessoas que têm propensão a doenças graves como daquelas que têm a probabilidade de viver mais. Isso porque, como desenvolvimento acelerado das técnicas de leitura dos genes, espera-se que seja possível saber por antecipação se uma pessoa terá mesmo uma vida longa. Hoje, nos Estados Unidos e na Europa, empresas privadas já se dispõem a analisar porções do genoma (conjunto do DNA) de seus clientes por um preço que pode chegar a US$ 400. O resultado é um relatório que lista a presença (ou ausência) de traços relacionados a males como vários tipos de câncer,doenças cardíacas, diabete, mal de Alzheimer e até calvície.
Os pesquisadores de Boston fazem parte do projeto multidisciplinar Long Life Family Study, financiado pelo National Institutes of Health (NIH), ou Institutos Nacionais de Saúde, dos Estados Unidos. Há anos eles estudam as características físicas e comportamentais dos idosos. Liderados por Thomas Perls, que também assina o artigo na revista Science, observaram que as pessoas que vivem acima da expectativa média de vida, às vezes mais de 100 anos, mantêm sua independência funcional e são mais saudáveis do que o normal até a morte. Ele espera que o conhecimento molecular das alterações que estão protegendo o organismo desses idosos e de suas famílias poderá ser aplicado para definir intervenções estratégicas, como novos remédios e terapias gênicas destinados a aumentar a expectativa e a qualidade de vida do restante da população.
Fonte: Brasil Econômico
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