Programa será de um ano e meio e atingirá 900 escolas do ensino médio, segundo Previc
O projeto-piloto de Educação Financeira nas escolas públicas, apresentado na sede da Comissão de Valores Imobiliários (CVM), começa a ser implementado na próxima semana e abrangerá cerca de 900 escolas de ensino fundamental da rede pública dos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Tocantins, Ceará e Distrito Federal, segundo a representante da Superintendência Nacional de Previdência Complementar (Previc), Patrícia Monteiro. Ela informou, ainda, que o programa terá duração de um ano e meio e será dividido em três módulos semestrais.
O superintendente de proteção e orientação a investidores da CVM, José Alexandre Vasco, explicou que “esse é um projeto de Estado, que faz parte da proposta de Estratégia Nacional de Educação Financeira (Enef) do Coremec, de caráter permanente, e que integra um plano mais amplo de educação financeira também para adultos”.
O projeto é uma iniciativa conjunta dos integrantes do Comitê de Regulação e Fiscalização dos Mercados Financeiros, de Capitais, de Seguros, de Previdência e Capitalização (Coremec), com a participação de entidades públicas e privadas, como o Instituto Unibanco, Federação Brasileira de Bancos (Febraban), Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima), BM&FBovespa, Banco Mundial e o Ministério da Educação (MEC).
Projeto – O objetivo do projeto é ensinar crianças e jovens a tomar decisões de consumo e investimentos e a planejar o futuro, disseminando esse conhecimento para toda a sua família. Na primeira fase as escolas serão dividas em dois grupos, com aproximadamente 450 escolas cada. Os alunos do primeiro grupo, denominado Grupo de Tratamento, receberão o material e terão aulas sobre educação financeira.
Já os alunos do segundo grupo, denominado Grupo de Controle, não receberão o material e nem terão qualquer aula sobre o tema. Essa metodologia foi desenvolvida para medir o grau de impacto do projeto nos alunos. No início do projeto será feita uma avaliação somente para o grupo de tratamento e, ao final, os dois grupos serão avaliados, medindo-se o resultado alcançado por cada grupo. Dessa forma será possível verificar-se o efeito real da educação financeira junto aos estudantes. Alexandre Vasco explicou que “a ideia é que a educação financeira perpasse todas as matérias já existentes na grade de ensino. O conteúdo será um tema transversal nas diferentes disciplinas e não algo específico do conteúdo de matemática, tampouco uma disciplina a mais”.
A impressão e distribuição desse material foram feitas pela BMF&Bovespa, bem como o site www.vidaedinheiro.gov.br utilizado pela Febraban e pela Andima como instrumento de capacitação a distância para os professores. Esses cursos, presenciais e on line, destinados a orientar e capacitar os professores sobre a utilização do material, foram realizados no primeiro semestre de 2010. Segundo Rogélio Marchetti, representante do Banco Mundial, “aulas de educação financeira fazem parte do currículo escolar de 60 países, dentre os quais Holanda, Japão e Estados Unidos. O modelo dessa iniciativa é inovador e será acompanhado de perto pelo Banco”, afirmou.
Coremec – O Comitê de Regulação e Fiscalização dos Mercados Financeiros, de Capitais, de Seguros, de Previdência e Capitalização (Coremec) foi criado pelo Decreto 5.685, de 25 de janeiro de 2006. De acordo com seu art. 1º, o Coremec tem a “finalidade de promover a coordenação e o aprimoramento da atuação das entidades da administração pública federal, que regulam e fiscalizam as atividades relacionadas à captação pública da poupança popular.” é formado pelo Banco Central, pela Previc, pela Superintendência de Seguros Privados – Susep e pela Comissão de Valores Mobiliários – CVM.
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