04/02/2011 Compras coletivas – bom negócio sem riscos
Sites de compras coletivas sempre possuem ofertas tentadoras e milhares de clientes à procura dos mais diversos tipos de produtos e serviços. O problema é que nem sempre a empresa está preparada para entrar nesse mercado e atender à demanda, trazendo prejuízo aos clientes e levando o estabelecimento a dar um tiro no pé.
De acordo com, Mohamad Youssef Hindi Neto e Luís Gustavo Picinini Cestari, do “Vai comer o que?”, portal gastronômico especializado no conceito de compra coletiva, antes de fechar um pacote de oferta, o cliente deve estar ciente de que esta é uma forma de investimento em marketing. “O site fica responsável por analisar, junto à empresa, a quantidade de ‘vouchers’ adequados para que o estabelecimento atenda aos clientes com qualidade”, complementam.
Claudia Woods, diretora de marketing do Click On, afirma: “O primeiro cuidado da empresa é o de ter certeza de que vai oferecer apenas o que pode cumprir. Cada parceiro é instruído quanto a isso no momento em que conversa pela primeira vez com nossa equipe comercial. Muito importante também é que ele tenha pessoal preparado para atender aos clientes”.
“O ideal seria, antes de a promoção ser lançada, colocar um prazo grande para a utilização do cupom e talvez limitar o valor das vendas, levando em conta a capacidade de acomodação do estabelecimento e o giro de clientes. Além disso, pode ser adotada uma política de reservas pelo telefone para que não haja filas de espera”, ressaltam Hindi Neto e Cestari.
Claudia conta que apesar dos cuidados necessários para participar dos sites de compra coletiva qualquer empresa pode anunciar suas ofertas. No caso do Click On, logo que o portal abriu, a maioria das ofertas estava nas áreas de estética e gastronomia. Porém, com o tempo, vários nichos foram alcançados e hoje até pet show e indústria automotiva participam do portal.
As duas empresas afirmam que nunca passaram por esse tipo de problema, no qual a empresa em questão não consegue atender à demanda de cupons e os clientes acabam se sentindo lesados, gerando um marketing negativo, tanto para o portal quanto para o parceiro.
“Como acompanhamos o mercado de compras coletivas de perto, desde seu início no ano passado, tiramos bastante lições dos erros ocorridos em outros sites e buscamos melhorar a qualidade de nosso portal a cada dia”, relataram os representantes do “Vai comer o que?”
A diretora de Marketing do Click On diz que, apesar de não ter registro de problemas desse tipo, o consumidor que se sentir lesado pode entrar em contato com o serviço ao cliente, estornando assim, o valor pago.
Antes de entrar nesse mercado, analisar qual o produto e qual a melhor maneira de fazer a oferta é a melhor opção e também uma garantia de não se deparar com nenhum problema que afete a integridade da empresa parceira. Buscar um portal de compra coletiva que leve em conta tudo isso faz com que a parceria seja vantajosa para todos”, finalizam Mohamad Youssef Hindi Neto e Luís Gustavo Picinini Cestari.