Em uma sociedade marcada pelo imediatismo, falar da prática e da importância de se planejar, principalmente quando se trata de finanças, pode parecer algo difícil de ser praticado. Mas, segundo especialistas, a competência do planejamento não é algo inato e pode ser perfeitamente adquirida durante a vida.
Personalidade e planejamento
Para Márcia Tolotti, educadora financeira e coautora do livro “Empreendedorismo, Decolando Para o Futuro”, é preciso ter a compreensão de que os indivíduos têm personalidades diferentes, de que não se deve generalizar e de que a capacidade de planejar não nasce com o sujeito.
“Uma pessoa com personalidade mais organizada, naturalmente terá mais facilidade para organizar e planejar as finanças. Terá uma relação mais segura com o dinheiro. Já um indivíduo que tem como estrutura de personalidade característica de mais liberdade ao lidar com as coisas e que é mais criativo tende a encarar o planejamento como um aprisionamento e fica contrariado, mas é possível mudar”, afirma a psicóloga e psicanalista.
Responsabilidades e sonhos ajudam no planejamento
A psicóloga Adriane Fleury, não acredita que a capacidade de planejamento seja algo inato ao indivíduo e alerta sobre a importância de cada um ser responsável pela sua própria vida. “O ser humano normalmente pensa que o outro vai tomar conta dele e fica passivo. Quando a pessoa é responsável pela própria vida, naturalmente irá cuidar das suas finanças e planejar seu futuro”, afirma Adriane.
Para a psicóloga, conforme a personalidade da pessoa será mais fácil ou mais difícil aprender a planejar, mas o fundamental é que o indivíduo esteja em busca de algo. Segundo Adriane, o sonho movimenta a pessoa e funciona como um combustível.
“Aquele que se coloca na condição de objeto não escolhe, não decide e não planeja. Fica vulnerável às ondas de propagandas e consumo com mais facilidade. Já o ser humano que se coloca como sujeito faz acontecer, sonha e planeja, mesmo que a coisa não dê certo e ele precise voltar atrás”, ressalta Adriane.
Pio Mielo, educador financeiro e autor da cartilha “Educação Financeira para Jovens”, acredita que a habilidade para planejar é adquirida durante a vida. “é uma questão de conscientização e treino. O que motiva o planejamento é você dar um objetivo a ele, de curto, médio e longo prazo. A parte que considero mais difícil não é planejar e poupar, mas ter um motivo para isso”, destaca.
O professor dá três dicas para o indivíduo se planejar melhor:
1) Colocar no papel o que deseja e o que precisa para depois avaliar os itens.
2) Observar os gastos. Gastar todo dia R$ 10,00 não causa impacto, mas, ver que no final do mês foram R$ 300,00 e que no final do ano totalizou mais de R$ 3.000,00 ajudará a pessoa a se planejar melhor.
3) Comparar (contabilizar) quanto vale uma determinada compra em relação às horas de trabalho. Essa prática mexe com o indivíduo e ele passa a se planejar melhor.
Jovens profissionais
Para os profissionais – principalmente os jovens – pensar e planejar o momento da aposentadoria é algo que lhes parece tão distante, e que só acontecerá passados muitos anos, que muitas vezes não é nem considerado.
Márcia Tolotti comenta que ao conversar com um jovem profissional de uns 25 anos e falar em aposentadoria parece para ele algo intangível. “O que pode ser interessante para quebrar esse paradigma é mostrar que abrir mão de pouco agora pode significar, no horizonte de longo prazo, a manutenção de um padrão de vida. Procuro mostrar em minhas palestras os benefícios de se planejar fazendo esse contraponto”, relata.
A especialista ainda afirma que investir em treinamentos, leituras e cursos ajuda as pessoas a mudarem os hábitos e, assim, a pensarem em planejamento. “é possível mudar e sair da zona de conforto”, diz.
Fonte: PREVI
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