Equilibrar o orçamento familiar exige a ajuda de todos, o que nem sempre acontece. Como mudar a atitude dos gastadores?
SãO PAULO – A situação é comum para muitas famílias brasileiras: com o orçamento apertado, é necessário diminuir os gastos, mas alcançar o equilíbrio financeiro é muito mais difícil do que se esperava. Isso porque, embora alguns membros se esforcem para diminuir os gastos, outros não conseguem ter a mesma iniciativa, prejudicando as contas da casa.
Para a consultora em saúde financeira Suyen Miranda, é possível adotar algumas medidas para lidar com essas pessoas e fazer com que contribuam mais na economia de dinheiro.
Filhos consumistas
Se falta ajuda dos filhos adolescentes para gastar menos e reduzir as despesas, a dica de Suyen é conversar com eles de forma amigável, sem o tom de dono da verdade, para explicar que as contas de consumo são maiores do que a entrada de dinheiro.
“Noto que é raro o adolescente que tem uma visão clara de quanto as coisas da casa custam, pois os pais raramente compartilham dados sobre o preço da escola, da luz, etc e isso faz com que os filhos acreditem que há um depositário sem fim de dinheiro para bancar tudo isso. E eles não pensam assim por mal, simplesmente porque não foram estabelecidos limites claros no tocante a dinheiro”, explica.
Já se os filhos, ou até mesmo o cônjuge, só pensam em comprar coisas de marcas, caras e modernas, é necessário explicar que, antes de gastar, é preciso planejar a compra. “Ninguém pode comprar tudo o que quer na hora que quer, mesmo quando tem recursos para isso, pois, antes de tudo, quem lida bem com o dinheiro tem controle e planejamento para a realização de seus objetivos”, diz a consultora.
Ela também lembra que isso vale para o jovem que recebe mesada, pois quanto mais cedo for modificado esse comportamento, mais aumentam as chances de ter uma vida financeiramente saudável.
Já se o descontrole vem do cônjuge, a conversa franca e direta é a dica de Suyen. “Vale o parceiro tomar a iniciativa de mostrar que as contas da casa estão num patamar, e que o consumo desenfreado ou mesmo não planejado tem afetado não só as contas, mas principalmente o emocional de quem está bancando tudo isso”, explica.
Fonte: InfoMoney
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