O Brasil viveu recentemente um chacoalhão. Altamente dependente da malha rodoviária, o país parou com a greve dos caminhoneiros. Foram onze dias de mobilização, durante os quais a circulação de mercadorias e de pessoas foi restringida em todo o território nacional. O impacto na rotina dos cidadãos e na economia foi relevante.
Durante a greve e mesmo alguns dias após seu término, era difícil encontrar alimentos perecíveis e outros artigos em muitas cidades. Os combustíveis sumiram dos postos. Os noticiários mostravam a perda de legumes e verduras no campo, as mortes de aves por falta de alimentos e litros de leite sendo jogados fora porque os produtores não tinham onde armazenar. A carência de matéria-prima levou à redução da atividade da indústria e do comércio, com reflexos na queda da previsão de crescimento da economia.
Passado o susto, ficou visível a percepção sobre a fragilidade do modelo de sociedade em que vivemos. A consciência sobre os riscos desse modelo pode levar a mudanças tanto em termos de políticas públicas quanto de atitudes. As pessoas precisam mesmo de um automóvel para se deslocar? Há alternativas para contornar os preços abusivos? é possível recuperar o senso de pertencimento e da vida em comunidade?
Fazendo essa reflexão, sugerimos iniciativas para aproveitar esse momento pós-chacoalhão e repensar hábitos e escolhas no dia a dia.
Priorize o comércio do seu bairro – Os bairros estão cheios de pequenos negócios, como padarias, mercadinhos, papelarias, cabeleireiros, lojas de roupas e calçados, lanchonetes, bares, restaurantes e outros estabelecimentos. Além de estar perto de casa, evitando gastos e poluição ambiental com deslocamentos pela cidade, comprar do comércio local é bom por várias outras razões.
Os pequenos negócios geram renda para as famílias dos empreendedores e das pessoas que eles contratam e são responsáveis por mais de 50% dos empregos formais existentes no Brasil, segundo o Sebrae. Ao adquirir produtos da loja da vizinhança, você ajuda a criar novas oportunidades para o seu bairro, contribuindo para o desenvolvimento social.
Fuja dos preços abusivos – Como efeito da greve dos caminhoneiros, alguns produtos sumiram do mercado e tiveram seus preços aumentados. Em consequência, muita gente fez tour em supermercados para comprar alimentos como batatas, por um preço bem mais alto que o normal. A escassez pode acontecer em outras situações, como produtos fora da época ou quando a safra agrícola é afetada pelas condições climáticas.
Nessas situações, a dica é fazer substituições. As peregrinações atrás de um produto têm um custo de tempo e dinheiro. Se o tomate anda caro, que tal uma saborosa salada de quiabo ou de berinjela com pimentão? Na tradicional maionese, a batata pode ser trocada por macarrão. Na internet, há dezenas de receitas para variar o cardápio com os produtos mais em conta em cada temporada.
Cultive uma horta – Manter uma horta em casa é umaótima opção para ter temperos, chás, legumes e verduras sempre fresquinhos, livres de agrotóxicos, e fazer economia na feira ou no mercado. Essa é, ainda, uma atividade terapêutica e aglutinadora, que pode mobilizar toda a família, inclusive as crianças. Elas adoram lidar com a terra, plantar, ver o alimento crescer e colher.
é por essas e outras que as chamadas hortas urbanas vêm crescendo em todo o mundo. A ONG Cidades sem Fome, por exemplo, faz a gestão de hortas urbanas que empregam mais de 100 famílias na Zona Leste de São Paulo/SP.
As hortas podem ser plantadas no quintal de casa, em vasos mantidos em terraços e até mesmo no parapeito das janelas dos apartamentos. Em muitos casos, os condôminos se organizam para criar uma horta que é cuidada e usufruída por todas as famílias. Em outros, moradores de uma rua ou bairro se juntam para criar hortas comunitárias em praças e outros espaços públicos.
Vá a pé ou de bicicleta – O alto preço dos combustíveis já levou muitas pessoas a abandonarem o automóvel – e com razão. Manter um carro custa, em média, um terço do preço do veículo a cada ano, considerando a depreciação. Para pequenas distâncias, que tal fazer o trajeto a pé? Você economiza no transporte e ganha em saúde.
Para deslocamentos maiores, além do transporte coletivo, a bicicleta é umaótima opção.
Outra opção é a carona solidária, em que várias pessoas que trabalham em locais próximos compartilham o mesmo automóvel e racham as despesas. é divertido, e todos fazem uma boa economia. Não faltam aplicativos para facilitar a conexão entre os caronistas. Faça uma busca por “carona solidária” na loja de apps de seu celular.
Escolha itens que possam ser reutilizados – O crescimento do uso do plástico em embalagens, sacolas e artigos descartáveis está na causa de alguns dos principais problemas ambientais da atualidade: a poluição dos oceanos e a morte de animais marinhos. Segundo estimativas da ONU Meio Ambiente, se mantido o ritmo atual, até 2050, o mar poderá ter mais plásticos do que peixes.
Você pode fazer a sua parte, trocando descartáveis por produtos que podem ser reutilizados. Sempre que possível, evite canudos – ou troque-os por canudos que possam ser lavados e utilizados muitas vezes. O mesmo vale para copos, pratos e talheres.
Você pode, por exemplo, organizar uma compra coletiva de itens que possam ser compartilhados em festas por diferentes pessoas de sua família ou grupo de amigos. Nas festas infantis, incentive as crianças a marcarem o nome e utilizarem sempre o mesmo copo. Outra sugestão é levar caneca e xícara para o escritório, evitando utilizar vários copos descartáveis por dia.
Fonte: Meu Bolso em dia
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