Entrevistamos Levi Nagano, Diretor Administrativo Financeiro da PREVIG, para auxiliar os Participantes na análise sobre a alteração da modalidade de investimento que ocorre no mês de março. Confira o bate-papo completo abaixo, onde Nagano esclarece o cenário econômico atual e apresenta os resultados da PREVIG em 2017.
Como está o cenário econômico nacional e mundial?
A economia mundial de uma forma geral vem mostrando um ritmo de crescimento bom e com uma inflação baixa. A economia brasileira, como o esperado, vem reagindo e deve apresentar um crescimento mais sólido em 2018, com uma inflação controlada e uma taxa de juros baixa para padrões históricos brasileiros.
Quais as estratégias da PREVIG para enfrentar os desafios econômicos de um ano de eleições como 2018?
Acreditamos que será um ano cheio de altos e baixos no mercado financeiro, não só por conta de eleição no Brasil, mas também a volatilidade advinda do exterior. Estamos bem estruturados para, independente do cenário que se apresentar, buscar retorno. Como o cenário é incerto, estamos com a carteira de investimentos bem flexível para conseguirmos nos adaptar rápido.
Como a economia afeta a rentabilidade dos planos de previdência complementar?
A rentabilidade dos fundos é diretamente afetada pela economia, porém não determinada por ela. O que determina a rentabilidade é a conexão do gestor com a realidade, ou seja, é responsabilidade dele analisar a economia, se antecipar ao cenário que irá se apresentar e assim capturar um bom retorno, independentemente da economia estar indo bem ou não.
Como foi o ano de 2017 da PREVIG?
O ano de 2017 foi bem positivo para a PREVIG. Na Renda Fixa do plano CD fechamos o ano com um resultado de 11,02%, o que representa 111% do CDI. Já na Renda Variável nosso desempenho foi alinhado com o índice Ibovespa, 26,8%. As modalidades de investimento são consequências desses resultados e apresentaram os seguintes retornos: Renda Fixa: 11,13%, Mix I: 11,88%, Mix II: 13,50% e Mix III: 15,13%.
Qual o patrimônio da PREVIG em dezembro de 2017?
A PREVIG fechou o ano de 2017 com um patrimônio total de R$ 1,3 bilhões.
Como se classifica a rentabilidade da PREVIG se comparada às Entidades de mesmo porte?
Este foi mais um ano em que conseguimos entregar resultados superiores à média da indústria de fundos de pensão. Porém, o mais importante é analisarmos os resultados em um prazo maior para termos certeza de que a estratégia de investimentos está de fato funcionando.
Então, analisando osúltimos 10 anos como foi a evolução dos investimentos da PREVIG?
Toda nossa filosofia de investimentos se baseia no longo prazo e traçamos estratégias com essa visão. Nosúltimos 10 anos tivemos um resultado excelente, fruto das escolhas corretas, primeiro da estratégia e depois dos instrumentos que foram utilizados para capturar um retorno bem superior aos índices de mercado. Na Renda Fixa do plano CD nosso resultado foi de 219% (122% do CDI) e na Renda Variável nosso retorno foi de 48% versus 11% do Ibovespa. Cabe salientar que esse retorno da Renda Fixa resulta em um juro real anual de 5,9%. Resultado este acima da inflação, ou seja, quanto aumentou de fato o poder de compra dos Participantes a cada ano.
Por que é importante pensar no longo prazo quando investimos em previdência complementar?
As estratégias de investimento podem ser bem diferentes dependendo do prazo que se traça. Desta forma, é essencial analisarmos quando serão utilizados os recursos que estão sendo investidos. No caso de um prazo longo precisamos garantir que a estratégia principal seja resguardar o poder de compra ao longo dos anos e deixar que o poder dos juros compostos entre em ação. Do lado psicológico, o ato de se investir a longo prazo exige disciplina que depois de algum tempo vira hábito e a pessoa quando se dá conta conseguiu formar um belo patrimônio para o futuro, o que a deixa melhor emocionalmente, no trabalho e com a família, contribuindo assim com qualidade de vida no presente, inclusive.
Cada Participante tem um perfil de risco e um objetivo diferente para cada momento da sua vida. O que é importante considerar ao escolher a modalidade de investimento?
Considero o ciclo de vida como um dos três principais balizadores a serem considerados na hora da escolha da modalidade. Como é um recurso destinado a aposentadoria, estamos falando de um investimento de longo prazo, portanto quando estamos começando a carreira podemos assumir mais risco (nesse caso exposição à Ações), pois qualquer período negativo na rentabilidade pode ser recuperado em períodos posteriores e quanto mais perto da aposentadoria é recomendável sermos mais conservadores, pois já não se tem tanto tempo para recuperar períodos negativos. Outro ponto importante que precisa ser considerado é a aversão a risco individual. E o terceiro aspecto seria em relação ao patrimônio que cada um possui dentro e fora da PREVIG para o mesmo fim, ou seja, tentar achar um equilíbrio de quanto se quer ficar exposto a ações sobre o patrimônio total (PREVIG + outros investimentos) destinado a aposentadoria. Um equilíbrio entre os três pontos seria o mais adequado, na minha visão, na escolha da modalidade de investimentos.
Em 15 de janeiro de 2024 comunicamos a todos a promulgação da Lei 14.803/2024, sobre a alteração do regime tributário. Agora, a Receita Federal publicou a Instrução Normativa RFB nº 2209/2024 ratificando o entendimento. A nova legislação traz mais flexibilidade e novas opções para os participantes e assistidos, além de beneficiar aqueles que ainda não […]
No dia 17 de janeiro deste ano foi publicada no Diário Oficial a Lei Complementar 214, que regulamenta a Reforma Tributária no Brasil. A legislação trouxe um grande avanço para a Previdência Complementar, garantindo a não incidência de novos tributos sobre as atividades das entidades fechadas de previdência, que poderia comprometer a poupança previdenciária dos […]