A quitação de débitos apareceu no topo da lista também nos dois anos anteriores, mas o percentual cresceu 8,2% na comparação com 2014, quando 68% indicaram a utilização para o dinheiro extra.
A maior parte dessas dívidas (83%) está relacionada a cartões de crédito (44%) e cheque especial (39%). Em seguida, aparecem os débitos com financiamento bancário (7%), regularização do nome (4%), prestações do comércio (4%) e dívidas diversas, como tarifas de serviços públicos (2%).
Para a Anefac, os números indicam elevação do endividamento dos consumidores por causa da redução da atividade econômica, elevação da taxa de juros e inflação mais alta.
Empatadas em segundo lugar na lista de destinação do décimo terceiro, com 8% das respostas, estão os que pretendem utilizar parte para compra de presentes e os que preferem poupar e aplicar parte do dinheiro para pagamento de despesas comuns no começo do ano, como material e matrícula escolares, Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) e Imposto Sobre a Propriedade de Veículos Automotores Terrestres (IPVA). Houve redução de 27,27% nesses itens em relação a 2014.
Entre os que farão compras, roupas e celulares aparecem mais vezes como itens a serem adquiridos, com 75% e 73%, respectivamente. Eletroeletrônicos e bens diversos, com 65% cada, também estão entre os mais citados pelos entrevistados.
Em relação ao valor que os consumidores pretendem gastar, 42% disseram que será entre R$ 200 e R$ 500. Em seguida, estão os que informaram valores entre R$ 100 e R$ 200.
Sobre as formas de pagamento, a maior parte indicou o uso de recursos próprios à vista, como débito ou cheque (82%) e cartão de crédito (80%). Na comparação com o ano anterior, houve um aumento de 2,5% em relação aos que disseram pagar compras à vista. O cheque pré-datado será uma opção para 60% dos consumidores.
A Anefac orienta que o décimo terceiro seja usado preferencialmente para pagamento de dívidas, especialmente as que têm maiores encargos, como cartão de crédito rotativo e cheque especial. Na média, segundo a entidade, os juros atingem 13,59% ao mês (361,40% ao ano) e 10,24% ao mês (222,16% ao ano), respectivamente.
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