Neste contexto, o Diretor explica que a queda de juros (Selic) tem impacto significativo nos investimentos do plano CD, uma vez que no Brasil eles estão diretamente relacionados aos juros básicos da economia. Confira a entrevista com Nagano sobre o assunto:
PREVIG – Como a queda de juros impacta nos investimentos da PREVIG?
NAGANO – Uma inflação comportada e rodando abaixo da meta definida pelo Banco Central (4,5%) possibilita a forte redução dos juros básicos da economia (Selic). Veja o impacto no mês a mês, da redução dos juros nominais, caso as projeções se concretizem:
O que possibilita essa queda de juros é uma inflação bem mais baixa. Se por um lado a rentabilidade tende a diminuir, por outro, os preços dos produtos e serviços também desaceleram. Dessa forma, é importante a análise do juro real, que é a diferença entre o juro nominal e a inflação. Esse é um dos principais aspectos que observamos na gestão de investimentos de longo prazo e que todo Participante na fase de acumulação ou aposentadoria deveria observar. Juro real positivo significa aumentar o poder de compra ao longo do tempo. Para aqueles que já estão aposentados retirando um percentual do Saldo de Conta é bem importante analisar uma vez por ano esse ponto.
A diferença entre juro nominal e real pode ser grande. Por exemplo, juro nominal de 14,25% a.a. com inflação de 10,0% a.a. resulta em um juro real de 3,86%, já um juro nominal de 8,00% a.a. com inflação de 3,50% a.a. resulta em um juro real de 4,35% a.a). Portanto, de forma contra intuitiva o segundo cenário é melhor para o investidor, apesar do Saldo de Conta ter uma rentabilidade nominal inferior ao primeiro cenário. No final o que interessa é quanto foi agregado acima da inflação, ou seja, quanto aumentou o poder de compra.
PREVIG – Como o conceito de juro real pode ajudar aos aposentados que retiram um percentual do Saldo de Conta?
NAGANO – Para ficar mais claro, vamos usar como exemplo o cenário de juro real de 4,35% a.a. Vamos supor que, além disso, a PREVIG consiga com uma gestão ativa, agregar valor e consiga atingir um juro real de 5,00% a.a. Nesse cenário, caso o Participante queira manter o poder de compra do Saldo de Conta ao longo do tempo, ele deveria retirar algo como 0,41% ao mês. Caso o juro real se mantenha nesse patamar, qualquer percentual resgatado acima disso perde-se o poder de compra ao longo do tempo, e consequentemente qualquer percentual resgatado abaixo aumenta o poder de compra do Saldo de Conta.
Como referência, nosúltimos 10 anos, a rentabilidade nominal de renda fixa da PREVIG foi de 202% (representa 122% do CDI) isso resulta num juro real de 5,80% a.a. (0,47% a.m.). O esperado seria algo em torno de 4,40% a.a. (0,36%a.m) (100% CDI – inflação), caso não houvesse uma gestão ativa ou caso a gestão não conseguisse agregar valor, porém, o que podemos observar que além do juro real no Brasil ser bem elevado, a PREVIG conseguiu agregar acima do índice de referência e contribuir para aumentar o poder de compra dos Participantes. Na prática, isso significa que estamos contribuindo para aumentar a qualidade de vida de todos que irão se aposentar e aqueles que já estão aposentados.
PREVIG – Quais as perspectivas até o final do ano?
NAGANO – A continuidade da queda de juros é esperada até o final de 2017 terminando o ano com uma taxa (Selic) próximo de 7,50% a.a. A inflação deverá ficar por volta de 3,5% no ano e espera-se com isso uma retomada mais vigorosa da atividade econômica.
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