Especialistas em educação financeira afirmam que não adianta os pais ficarem só no discurso, eles também devem dar o exemplo nas atitudes. O jeito como o adulto lida com suas finanças, como ele evita desperdícios e exageros e como economiza serve de espelho para os filhos.
“Assim como tudo o que envolve educação, os exemplos são mais importantes. Não adianta querer que a criança faça o que ‘eu digo’. Ela vai fazer o que ‘eu faço’”, diz Cássia D’Aquino, especialista em educação financeira e autora de livros sobre o tema.
Engana-se quem pensa que uma conversa resolve. Cássia diz que educação financeira é como o restante da educação: precisa ser construída dia a dia. “É por volta dos dois anos e meio que aparece o primeiro pedido de compra. Ali, a criança entende que existe dinheiro, que aquilo compra coisas coloridas, divertidas e gostosas. Aí começa tudo”, observa.
Claro que os pais devem sempre respeitar os limites de cada idade, explicando as coisas com delicadeza. Mas não atender a todos os desejos de consumo da criança já é uma lição de educação financeira.
Ainda na infância, questões mais teóricas podem começar a aparecer. Cássia considera interessante a criança ser apresentada ao banco por volta dos 10 anos de idade. Tudo, claro, com muito jeito.
Para adolescentes e jovens que recebem algum tipo de mesada, o planejamento financeiro pode começar desde cedo. Quer comprar aquele último celular? Quer fazer uma viagem? “Acho interessante fazer um plano, estipular o valor e saber qual será o esforço para pagar por aquele desejo. Isso cria uma cultura de planejamento cedo. Fora do Brasil isso é comum, aqui ainda nem tanto”, diz Sandra Blanco, consultora da Órama.
Fonte: G1
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