19/05/2022 Conhecendo mais sobre Previdência: entenda as premissas demográficas e biométricas
Dando continuidade ao último artigo da série “Conhecendo mais sobre Previdência”, relacionado às premissas atuariais, vamos aprofundar duas das premissas utilizadas para avaliação anual do seu plano de benefícios: as demográficas e as biométricas.
As tábuas demográficas e biométricas devem ser escolhidas com base na experiência histórica e nas perspectivas de evolução da massa de participantes, assistidos e beneficiários do plano, e compreendem algumas hipóteses, como:
- Composição familiar: premissa utilizada para mensurar o financiamento do plano de benefícios ao longo do tempo, observando o custo da continuidade do pagamento de benefício da pensão por morte , definida no regulamento dos planos de benefícios.
Nesse sentido deve-se observar possíveis divergências entre o grupo familiar hipotético considerado na avaliação atuarial e o grupo real para quem será concedido o benefício de pensão por morte. Os principais dados que devem ser observados são: nascimento de filhos, separações, novos casamentos ou uniões estáveis de participantes e assistidos, principalmente quando existem diferenças de idade entre os cônjuges ou dependentes já inscritos no plano, além de outras situações que possam vir a agravar os encargos referentes ao pagamento da pensão por morte, que impactem o resultado do plano.
Para mitigar eventuais riscos envolvendo alterações relevantes decorrentes da composição familiar, a PREVIG realiza anualmente, o recadastramento. Se houver divergências com as informações já cadastradas, no que se refere a inclusão de novos dependentes, a PREVIG, em conformidade com o Regulamento do Plano, irá apresentar ao assistido cálculo para integralização de jóia visando recompor a reserva destinada ao pagamento de benefício.
- Tábua de mortalidade: A tábua atuarial de mortalidade nada mais é do que uma tabela que demonstra a expectativa de vida de determinado grupo. Essas tábuas servem para calcular o tempo de recebimento dos benefícios, com base na estimativa de longevidade das pessoas que estão vinculadas ao plano de previdência, e devem estar aderentes às características da massa de Participantes e Assistidos e do Plano de Benefícios. Essa análise de aderência é realizada a cada 3 anos, através de estudo técnico específico, elaborado por Atuário habilitado. No caso da PREVIG, a tábua de mortalidade utilizada atualmente é a AT 2000 Masculina suavizada em 10%.
- Crescimento salarial: No caso dos Assistidos, esta hipótese é utilizada para definir os valores projetados dos salários durante a fase de recebimento de benefício, de forma a permitir a correta apuração dos compromissos do plano.
Essas são duas das premissas utilizadas. Fique atento às próximas Newsletters e conheça os detalhes sobre as demais hipóteses utilizadas para avaliação atuarial, que constata o patrimônio necessário para o pagamento dos benefícios atuais e futuros do plano.