No mundo dos investimentos, dois termos frequentemente mencionados são “marcação a mercado” e “marcação na curva”. Embora ambos sejam métodos de avaliação de ativos financeiros, existem diferenças importantes entre eles.
A marcação a mercado é o acompanhamento diário da valorização e desvalorização das aplicações financeiras. É um conceito importante para quem investe, pois representa a atualização constante do preço de um ativo disponível para negociação e indica quanto o investidor ganharia caso escolhesse liquidar as suas aplicações naquele momento. Por exemplo: se você possui uma ação e o preço dela sobe, a marcação a mercado refletirá esse aumento no valor do ativo em seu portfólio.
Já a marcação na curva é um método de avaliação de ativos financeiros, geralmente aplicado a instrumentos de renda fixa, como títulos, em que os valores são baseados em taxas de juros previamente estabelecidas, as quais são conhecidas como “curva de juros”. A marcação na curva utiliza essas taxas de referência para calcular o valor atual do ativo, levando em conta fatores como prazo de vencimento do título e taxa de juros acordada no momento da emissão.
A marcação a mercado oferece mais segurança e transparência ao investidor, garantindo que todos os cotistas de um fundo tenham lucros ou prejuízos proporcionais. Além disso, proporciona mais clareza sobre o impacto das condições do mercado na rentabilidade dos títulos, isso porque ela é impulsionada por um movimento comum da economia conhecido como lei da oferta e demanda. Basicamente, isso significa que, quanto maior for a procura por um produto ou serviço, maior será o seu preço de mercado.
Por sua vez, a marcação na curva pode permitir resgates antecipados e transferência de riquezas entre cotistas de fundos de investimentos. No entanto, é importante ressaltar que essa abordagem pode gerar prejuízos, uma vez que obriga o gestor a vender os títulos com a variação dos juros daquele momento.
Em 2002, o Banco Central do Brasil já tinha decidido banir esse modelo de marcação, tornando a marcação a mercado o caminho oficialmente recomendado no país. E em janeiro de 2023, a Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima) estabeleceu uma nova regra que determina que distribuidores de investimentos, como bancos e corretoras, vão precisar “marcar a mercado” o valor de alguns títulos de renda fixa.
Segundo a Associação, a regra padronizará a maneira como os extratos dos investimentos serão apresentados; assim, ficará mais fácil para o investidor comparar rentabilidades, caso tenha conta de investimento em mais de uma instituição financeira.
Para os investidores, na verdade, nada vai mudar. Apenas a exibição do extrato será alterada. A marcação na curva é útil para o investidor que pretende manter os seus títulos até o vencimento ou por um horizonte mais longo. Já a marcação a mercado permite que o investidor visualize o impacto das condições do mercado na rentabilidade do título, ou seja, ele acompanha as oscilações, como se pudesse ver, dia a dia, quanto valeria o título, caso quisesse vendê-lo imediatamente, ao preço da liquidação daquele momento.
Em resumo, não há um tipo de marcação que seja melhor em todos os cenários. A escolha entre elas dependerá dos objetivos, do tipo de ativo em questão, da estratégia de investimento e do nível de risco que o investidor ou instituição esteja disposto a aceitar. Muitas instituições financeiras usam uma combinação dos dois métodos, aproveitando os benefícios de cada um para obter uma avaliação mais completa dos seus portfólios.
É recomendado buscar orientação de profissionais especializados e analisar as implicações de cada abordagem antes de realizar investimentos. Lembre-se de que eles envolvem riscos, e estar bem informado é o primeiro passo para buscar resultados positivos em sua jornada como investidor.
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