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Tempo de leitura: 3
31/08/2010

Revisão do estudo de ALM trouxe impactos positivos para Plano BD

Operações de trocas de títulos na carteira de investimentos do Plano BD apresentou resultado positivo de 13 milhões de reais no mês de junho

Uma medida importante na gestão de investimentos dos Planos de Benefício Definido (BD) é a mensuração do passivo, ou seja, o dimen-sionamento das obrigações até que oúltimo Participante do Plano receba, integralmente, o pagamento de seu benefício. Desta forma podemos criar uma carteira de ativos capaz de suportar este passivo ao longo dos anos. A Asset Liability Management (ALM) é o estudo que faz exatamente isso, auxilia os gestores no planejamento estratégico e evita que políticas de curto prazo comprometam objetivos de longo prazo, de forma a garantir a tranquilidade aos Participantes e às Patrocinadoras, através do monitoramento da incerteza financeira. Com o auxílio desta ferramenta, a entidade honra uma série de pagamentos futuros, entre benefícios, resgates, saques e outros, gerados num fluxo financeiro a partir do atual patrimônio e sua rentabilidade. Esse estudo deve ser periodicamente revisto, principalmente quando há uma mudança significativa nas premissas, como valor dos benefícios a pagar, expectativa de vida dos Participantes, taxa de juros, etc. Com base nessas mudanças, a carteira de investimentos pode ser remodelada para melhor adaptar-se às necessidades do Plano de Benefícios.

Em 2006 a PREVIG realizou seu primeiro estudo de ALM, implantando a carteira de ativos no mesmo ano. Algumas premissas do estudo foram alteradas nestes quatro anos, desta forma, no mês de maio foi encomendado outro estudo de ALM para que fossem atualizados todas as premissas e pudéssemos verificar os ajustes necessários na carteira de ativos. Através da revisão feita neste ano, a carteira de investimentos composta por Notas do Tesouro Nacional – série B (NTN-B), que são títulos públicos com rentabilidade vinculada à variação do IPCA (índice de Preços ao Consumidor Amplo) acrescida de juros definidos no momento da compra, foi reestruturada. Como o Tesouro Nacional criou novas datas de vencimentos das NTN-B, que foram intercaladas entre as já existentes, foi preciso redistribuir os ativos, o que reduziu a concentração do fluxo de caixa e consequentemente o risco de reinvestimento.

Para contabilização dos ativos, a legislação estabelece critérios de precificação que podem ser baseados no valor de mercado, para quando não existe a intenção de manter o título até seu vencimento, ou, no caso de haver interesse em mantê-lo até o vencimento, pela curva de juros. A diferença básica entre os dois é que, no caso da marcação a mercado, o preço do título tem maior volatilidade, ou seja, sofre as oscilações do mercado, que podem ser tanto negativas quanto positivas. Já na marcação pela curva de juros, esta sofre oscilação pela taxa de juros negociada na data de aquisição no título, porém, o valor do resgate final permanece sempre o mesmo, independente do modelo utilizado.

Como isto impactou no Plano BD?

Entre os resultados dessa revisão, podemos ressaltar uma melhor avaliação da aderência entre ativos e passivos e um fluxo de caixa mais eficiente. E, principalmente, o rebalanceamento da carteira fez com que fosse realizado um resultado que não estava contabilizado. “Como a taxa de juros vem caindo consistentemente ao longo dos anos (a taxa de juros CDI em 2006 estava próxima a 18%, enquanto em 2010 é de 10,75%), a precificação das NTN-B pela curva de juros, critério utilizado em nossa carteira, estava com valor inferior aos negociados no mercado”, explica Ezequias Candido de Paula, Gerente de Investimentos da PREVIG. “Por isso, na venda dos títulos a mercado, realizamos um resultado positivo de 13 milhões de reais, gerado por essa diferença de preços”, acrescenta. Dessa forma, a rentabilidade do Plano BD foi impactada positivamente devido a este ganho, gerando uma rentabilidade no mês de junho na carteira própria BD de 9,13% para um CDI de 0,79%.

Fonte: Comunicação PREVIG

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