Um estudo realizado pelo Hospital de Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP) demonstrou que crianças com leucemia submetidas à prática moderada de exercícios físicos obtiveram significativa melhora na sua qualidade de vida e no aumento da sua força muscular.
A pesquisa, liderada pela pediatra especialista em medicina do esporte, Beatriz Perondi, foi aplicada em jovens entre seis e dezoito anos, pacientes do Hospital de Clínicas. Durante um período de três meses, os pacientes foram submetidos a exercícios de força (musculação) e resistência (esteira), duas vezes por semana, sempre monitorando as condições físicas de cada um durante o treino, por meio da supervisão de uma extensa equipe de profissionais.
Resultados – Segundo Beatriz, resultados de melhora psicológica eram visíveis logo após algumas semanas, quando os pacientes começavam a se relacionar melhor com os educadores, e a melhora física ocorreu ao final do estudo.
Mudanças de tabus – Outra ideia que precisa ser corrigida é de a que as atividades cotidianas, como subir uma escada ou passear com o cachorro, podem ser prejudiciais para jovens com leucemia, cujos principais sintomas são baixa capacidade respiratória, diminuição da força muscular e fadiga: “por consequência, os pais de crianças com esse tipo de câncer tendem a superprotegê-las, limitando, sem necessidade, atividades que só fariam bem. Quando o paciente não pode realizar atividades, o médico faz as restrições necessárias”, afirma a pediatra.
Já exercícios físicos devem ser prescritos por profissionais e acompanhados por um educador físico, para que o paciente não exagere nem faça menos que o necessário. é também um profissional especializado que deve receitar em qual estágio da doença essa prática deve ser iniciada.
Fonte: Site SIS Saúde
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