Controlar as finanças e chegar ao fim do ano sem crise no orçamento é possível e mais simples do que parece, garantem os economistas. Basta papel e caneta (ou se for mais moderno, uma planilha no seu computador), uma dose de organização e outra de paciência. Com isso qualquer pessoa pode organizar a vida financeira e passar as contas do vermelho para o azul. Ou, pelo menos, terminar o mês sem aperto e, quem sabe, até conseguir poupar.
Passo 1: Identificar os gastos – Antes de se desesperar e sair por aí cortando despesas essenciais, é primordial saber para onde o dinheiro está indo. “O primeiro passo é controlar aquilo que se gasta”, afirma o coordenador dos MBAs de Finanças e de Gestão de Negócios do Ibmec do Rio de Janeiro, Roberto Zentgraf. “Anote os gastos dosúltimos três meses para se ter a média das despesas. Mas tem que listar tudo, não só as coisas maiores. As pequenas coisas, como um refrigerante, por exemplo, entram da mesma forma”, ensina o professor.
Com cada um dos custos mensais discriminado fica mais fácil identificar em que se está gastando mais do que o necessário. “Se faz economia também nas pequenas coisas, cortando pequenos vícios, mas primeiro tem que ter uma ideia do orçamento”, diz Zentgraf, que alerta: “Quem tem dívidas, multas e está efetuando pagamentos fora do prazo precisa acertar isso o quanto antes”.
Passo 2: Corte os supérfluos – Segundo o economista Luiz Carlos Ewald, o “Senhor Dinheiro” do programa Fantástico, da TV Globo, e autor do livro “Sobrou dinheiro: lições de economia doméstica” (Editora Bertrand Brasil), deve-se empregar, em média, cerca de 30% em moradia, 25% em alimentação e 15% em transporte. “Depois de identificar com o que se está gastando à toa, faça um orçamento para o mês seguinte, planejando gastar menos com supérfluos. Se conseguir reduzir, já é um grande avanço”, conta Ewald.
Se você está se perguntando o que é supérfluo nas suas contas, o economista dá algumas pistas: “é o desperdício e tudo o que pode ser dispensado, aquilo que a gente compra sem precisar: mais comida do que é capaz de comer e que acaba estragando na geladeira, e mais roupa do que realmente é necessário. Isso é consumismo”.
Sem falar nas mensalidades pagas por serviços que nem sempre se tem tempo para usufruir. “Corte o que não estiver usando: o clube que você não frequenta, a academia que você não vai, a assinatura da revista que você não lê. Além de evitar desperdício: apagar a luz e fechar a torneira”, aponta Zentgraf. “Só com isso já se faz uma boa economia sem tirar o prazer de viver”.
Passo 3: Economize – Para Ewald, buscar o menor preço também representa uma diminuição significativa nos gastos: “Em vez de ir uma vez ao mês ao supermercado, vá toda semana. Acompanhe as promoções. Compre naquele que cobre a oferta do concorrente. é possível economizar uns 30%. Basta saber pesquisar”. O especialista também dá outras dicas: “Saia de casa apenas com o dinheiro que você dispõe e tenha juízo com o uso do celular”.
E comprar a prazo, pode ou não pode? “Quem compra a prazo sempre vai pagar juros. é o custo da impaciência. Quem é impaciente não espera ter dinheiro para consumir”, responde Zentgraf. “Não faz sentido uma pessoa que gasta só o que ganha fazer dívida e pagar em juros um valor acima ao do bem adquirido. Sempre que for possível, pague à vista.”
O economista aconselha ter um fundo de emergência, uma quantia poupada para uma eventualidade e até para não precisar comprar a prazo. “Quem tem o hábito de poupar, tem dinheiro para pagar na hora. Acho importante pensar em um plano de emergência e guardar parte do salário, inclusive para não se perder a qualidade de vida em caso de desemprego”, justifica Zentgraf. “Recomendo juntar o bastante para custear o equivalente a seis meses de despesa. Como chegar lá? Poupe. Quanto mais, melhor e mais rápido se alcança o objetivo”.
Fonte: Site Bolsa de Mulher
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