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Área do participante
Tempo de leitura: 3
31/08/2011

Como se planejar para casar, comprar uma casa e se aposentar

Um leitor do Quero Ficar Rico (que pediu para não ser identificado) enviou o seguinte plano: “Atualmente, consegui juntar cerca de 3x ou 4x o meu salário na poupança e agora gostaria de partir para outros investimentos considerando os seguintes objetivos:

(1) Casar em cerca de 1,5 ano;
(2) Comprar um apartamento daqui a 10 anos (pretendo, após casar, morar de aluguel por um tempo, juntando dinheiro para comprar após já ter acumulado mais dinheiro);
(3) Aposentadoria daqui a 35 anos.”

O objetivo deste artigo é analisar boas opções de investimento para cada um desses planos (casamento, moradia e aposentadoria), levando em consideração o prazo e a exposição a riscos permitida para essas aplicações.

Fundo de emergência

O primeiro ponto a ser ressaltado é a importância do fundo de emergência. Nosso leitor já começou muito bem, pois acumulou um montante suficiente para se proteger de imprevistos, caso alguma surpresa apareça. Esse fundo dará a tranquilidade necessária para poupar no intuito de alcançar os demais objetivos.

Casamento

O primeiro objetivo é juntar algum dinheiro para se casar. Como existe um prazo de 18 meses para esse evento, temos que levar em conta que as aplicações onde há a incidência do imposto de renda, a alíquota ainda não é a menor. Para prazos entre 361 e 720 dias, a alíquota é de 17,5%.

à primeira vista, o Tesouro Direto seria uma boa alternativa (que não deve ser descartada), mas minha sugestão seriam as Letras de Crédito Imobiliário – LCIs. Existe umaótima discussão sobre as melhores oportunidades no artigo LCI: Letras de Crédito Imobiliário. Para quem tiver interesse, recomendo a leitura.

A grande vantagem das LCIs é a não-incidência do imposto de renda. Assim, a rentabilidade de 90% do CDI, representa aproximadamente 11,03% a.a. líquido. Já um título público com taxa de 12,80% a.a. (LTN 010113, por exemplo), quando descontado o IR de 17,5%, renderia aproximadamente 10,56% a.a..

Moradia

Para comprar o apartamento, a estratégia inicial já é bem interessante: morar alugado enquanto se prepara para comprar o imóvel definitivo. Já existe uma excelente discussão sobre esse tema no artigo “Comprar casa própria ou alugar imóvel?”, que eu também recomendo a leitura.

Colocando de lado a discussão sobre se vale a pena comprar o apartamento, vamos às opções de investimento. Como o objetivo é poupar para comprar um bem e há um tempo considerável até data estimada, minha sugestão é investir em ativos que mantenham o poder de compra e ainda dê algum rendimento. Para isto, nada melhor que títulos públicos indexados à inflação.

Esses títulos garantem que seu dinheiro estará protegido em relação às variações inflacionárias. Além disso, penso que é uma das opções mais rentáveis atualmente, em se tratando de Tesouro Direto, e também um dos mais conservadores. Essa combinação oferece boa rentabilidade e tranquilidade.

Aposentadoria

Como o prazo desse investimento é bastante longo (35 anos), há espaço para arriscar boa parte do montante destinado a esse objetivo. O ideal seria ter disponibilidade para estudar e aprender a investir na bolsa. Entretanto existemótimas alternativas, como fundos e clubes de investimento, ou até montar sua própria carteira de ações.
Mas uma das melhores alternativas na relação custo-benefício atualmente são os ETFs, também conhecidos como fundos de índices. Com baixíssimas taxas de administracão, esses fundos são fáceis de investir e acompanham índices de mercado, como Ibovespa, small caps, empresas de consumo, entre outros.

As previdências privadas, apesar de muito comentadas e divulgadas, não são boas opções. As altas taxas de carregamento e administração corroem a rentabilidade. Existem, no entanto, duas situações onde esse investimento é vantajoso.

A primeira está relacionada com o benefício fiscal do PGBL. Investir até 12% da renda bruta anual em PGBL permite deduzir esse valor da base de cálculo do imposto de renda. A outra situação é aproveitar as oportunidades que algumas empresas (públicas e privadas) oferecem atualmente: até um determinado valor, a empresa investe exatamente o montante que você investir. Em outras palavras, se você coloca R$ 500 por mês na previdência complementar, a empresa aporta mais R$ 500.

Fonte: Quero Ficar Rico

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