As aplicações nos planos de previdência empresariais cresceram, em 2011, em ritmo maior que as feitas nos planos individuais, informa reportagem publicada recentemente na Folha.
Segundo dados da Fenaprevi (Federação Nacional de Previdência Privada e Vida), a captação dos planos corporativos de janeiro a novembro de 2011 foi de R$ 5,8 bilhões, 25,4% maior que no mesmo período de 2010. O levantamento exclui os fundos fechados de pensão, como os das estatais. Já a aplicação nos planos individuais, que não têm vínculo com empregadores, subiu 16,9% – percentual menor, embora o total investido nesses produtos seja bem mais alto, R$ 39 bilhões.
Fonte: Folha.com
“Pelos benefícios oferecidos aos funcionários, a tendência é que a captação desse tipo de plano, no longo prazo, supere a dos individuais”, diz Renato Russo, vice-presidente da Fenaprevi.
Vantagens
A principal vantagem do plano corporativo para o empregado é a contribuição extra da empresa. A política varia, mas, em geral, nos chamados “planos instituídos”, a cada R$ 100 depositados pelo funcionário, a empresa coloca a mesma quantia.
O limite de depósito é, em média, 5% do salário e o funcionário só se apropria da parte da companhia após dez anos de trabalho -uma forma de garantir o vínculo. Há ainda os “planos averbados”, que não preveem contrapartida da empresa.
Com o aumento do emprego formal, mais trabalhadores podem aplicar nesses planos. Além disso, com o aumento da renda, é possível encontrar uma folga para investir no longo prazo. As principais seguradoras oferecem às empresas, além dos produtos de previdência, consultoria em educação financeira e programas de preparo do funcionário para a aposentadoria.
“Antes de começar a fase do recebimento do benefício, por exemplo, discutimos com a pessoa quais são os projetos para esse dinheiro”, diz Wagner Soares Gomes, gerente comercial da Brasilprev.Há diversas formas de recuperar o investimento: resgate total, renda vitalícia e renda com prazo determinado. Isso é definido em contrato e só pode ser alterado antes de o benefício começar.
Para Carolina de Molla, da SulAmérica, as corporações estão mais interessadas em dar orientação previdenciária aos seus funcionários. Mas, na avaliação de Rogério Garber, da RGarber, a maioria das organizações ainda não tem um programa de pré-aposentadoria adequado. Além disso, o brasileiro desperta tarde para o assunto. Para Lúcio Flávio de Oliveira, da Bradesco Previdência, a previdência corporativa deve crescer mais entre as companhias de menor porte.
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