01/03/2012 Sem medo de envelhecer
A maior parte dos paulistanos (64%) não tem medo da velhice e gostaria de viver ao menos 88 anos. é o que revela pesquisa Datafolha realizada na cidade de São Paulo entre os dias 1º e 2 de dezembro de 2011. A vontade de estender a vida é tamanha que apenas um em cada dez entrevistados afirma ter muito medo da velhice, enquanto 22% disseram ter um pouco de medo.
Um dado interessante do estudo é o fato de que quanto mais velho o entrevistado, menor o temor de envelhecer. Entre os maiores de 56 anos, 75% não se importam com o assunto. Mas o receio aumenta em outras faixas etárias: de 41 a 55 anos, 69% não têm medo; de 26 a 40, 63%; e de 16 a 25, 54% não mostram preocupação com isso (dez pontos percentuais abaixo da média).
Viver Mais
Os pesquisadores perguntaram também quanto tempo as pessoas gostariam de viver. O resultado aponta que boa parte dos entrevistados, 26%, sonha prosseguir até os 80 anos. Porém, os números se equilibram no quesito viver mais. São 20% entre os que gostariam de chegar aos 90; a mesma porcentagem que respondeu querer se tornar centenária um dia.
Mesmo considerando os avanços da medicina e o aumento da expectativa de vida, somente 4% dos paulistanos disseram preferir ultrapassar os cem anos. Ao se levar em conta a idade dos participantes da pesquisa, também se nota nos jovens um equilíbrio nos números relacionados a prolongar o tempo de vida.
No grupo de entrevistados de 16 a 25 anos, 14% viveriam até os 60 e 16% gostariam de chegar aos 70. Em geral, os jovens demonstraram mais vontade de viver que a média da população. Entre os que esperam chegar aos cem anos, o resultado alcançou 17%, 13 pontos percentuais a mais que a média.
Os mais experientes também jogam sua expectativa de vida para cima. Dos maiores de 56 anos, só 2% disseram que gostariam de viver até os 60. Já os que optaram em responder 70 anos para os pesquisadores foram 8%. Por outro lado, 26% dessa população gostaria de chegar aos 90 anos e 23% planejam atingir o centenário.
Boa Alimentação
Entre os cinco itens apresentados aos entrevistados para que apontassem o mais importante para viver melhor na maturidade, a boa alimentação foi a mais citada (84%). Praticar exercícios físicos também é bem avaliado pelos paulistanos: 77% apostam na atividade física para estender a vida. Poupar dinheiro foi a menos lembrada (53%). O desapego venceu o temor e as pessoas optaram por ficar próximo dos amigos e familiares (74%) e ter atividades de lazer (67%).
Fonte: Folha.com