Muita gente me pergunta sobre como reduzir gastos, diminuir despesas e criar mais recursos financeiros, e sempre explico que qualquer mudança deve incluir os familiares: esposo ou esposa, filhos e agregados. Em geral, quando menciono a família há um sentimento de dificuldade: “mas eles não colaboram ”
A questão que precisa ser observada é que toda mudança começa com a conscientização: há um problema que precisa ser resolvido. Assim, pensando em solucionar e não criticar é que começa o caminho para ensinar aos membros da família, sobretudo crianças, o conceito de economizar para garantir tranquilidade material não só para quem trabalha e traz dinheiro para casa, mas para todos os elementos da família. Isso é algo fundamental para que todos se sintam envolvidos numa nova postura no uso do dinheiro e no consumo.
Criticar e apontar que as crianças querem tudo o que veem no supermercado ou no shopping de nada ajuda, até porque elas vão a estes lugares por indicação dos adultos e assistem propagandas massivas de novos produtos para consumirem o tempo todo, seja na TV ou internet. Daí colocar a responsabilidade nas costas das crianças e adolescentes é mirar na direção errada: a questão está em ensinar os jovens desde cedo que tudo pode sim ser comprado, adquirido, desde que complanejamento e bom senso, usando o caminho da razão e não o da emoção.
Crianças são criativas e os adolescentes imediatistas, querem tudo logo e não aguentam esperar. Com o dinheiro podemos ensinar valores que irão ajudar muito no futuro: a criatividade em pensar em formas de fazer dinheiro e o conceito de tempo e movimento para alcançar objetivos que vão além do prazer imediato. Assim sendo, listei algumas dicas para estimular a economia na família para as novas gerações:
Crianças pequenas podem e devem conhecer o dinheiro desde cedo: com três anos uma criança tem noção que há uma troca entre notas ou moedas e certos bens. Mostre a ela moedas, explique seu valor e faça comparações do tipo uma nota de R$ 2 equivale a quatro moedas de R$ 0,50 ou duas de R$1, e com este valor é possível comprar uma barra de chocolate de R$ 2, ou duas barras de R$ 1, ou quatro bombons de R$ 0,50. Ao mesmo tempo em que a criança entende o conceito de valor desenvolve os primórdios do raciocínio matemático. Crianças maiores, que entendem a relação dos valores do dinheiro devem ir no supermercado com os pais com a seguinte missão: com calculadora na mão, fazer com que a compra não saia mais cara do que um certo valor. Defina o quanto vai gastar, faça uma lista e estimule o pensamento da criança para que ela veja a atividade de fazer compras com itens determinados e um orçamento, claro um jogo onde ela ganha pesquisando o que tem o melhor preço ou a melhor relação custo benefício. Faça-a participar da compra de forma lúdica e divertida.
Fonte: EduFin
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