A decisão de namorar, em geral, passa longe de questões financeiras. Mas a vida a dois envolve despesas que precisam ser planejadas e feitas com racionalidade.
Para organizar as finanças do namoro, os especialistas recomendam tocar no assunto “dinheiro” assim que o relacionamento começar a ficar sério. Uma forma é comentar sobre um show gratuito ou sobre a cotação do seguro do carro e prestar atenção na resposta do parceiro.
“Pode vir algo do tipo o que é isso’ ou vou te indicar meu corretor’. Então você vê a relação da pessoa com dinheiro'”, diz o educador financeiro Mauro Calil.
“Se cerca de 50% dos casamentos terminam por divergências relacionadas ao dinheiro, há que se sondar como o outro o trata, se gosta de se planejar ou se é obsessivo”, afirma a educadora financeira Cássia D’Aquino.
METAS
Depois de iniciado o tema, a orientação é estabelecer metas conjuntas, como uma viagem. Assim, fica mais fácil definir quanto é necessário guardar por mês e onde será preciso investir para atingir o objetivo.
“Trocar o consumo imediato simplesmente para ter dinheiro no banco não me atrai, mas trocar pela viagem ou pela pós-graduação sim”, afirma o planejador financeiro Valter Police.
Feito isso, é hora do controle das metas. O casal deve colocar na ponta do lápis tudo o que gasta em conjunto, sem esquecer dos pequenos mimos – como um sorvete na rua aos finais de semana ou um pequeno presente semanal para o parceiro – que, muitas vezes, são esquecidos.
Com uma planilha dos dois em mãos, fica mais fácil visualizar se há excessos e onde é possível cortar para alcançar o objetivo conjunto.
Um jantar em casa feito pelo casal pode ser uma opção mais barata –e um programa até mais romântico– do que ir a um restaurante.
Ir ao cinema na quarta-feira –quando o ingresso é mais barato–, fazer um piquenique no parque, frequentar eventos gratuitos, museus e participar de promoções são outras alternativas para ajudar a poupar e atingir os objetivos do casal.
Police recomenda, no entanto, não dividir todas as informações financeiras com o parceiro e ter também um orçamento próprio. Assim, é possível fazer surpresas e manter a individualidade e os objetivos de cada um.
“Se você quer fazer uma surpresa ou comprar algo que seja só seu, é melhor não dividir tudo”, diz.
Fonte: Folha de São Paulo
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