Foi através de uma palestra realizada após a aposentadoria que Ives se encontrou com a língua francesa. Realizando um antigo desejo, ele viajou para a Europa, aprendeu o idioma e encontrou um novo lar
Durante os 23 anos de trabalho na Usina Hidrelétrica Salto Santiago de Laranjeiras do Sul, ele atuou na área de Segurança do Trabalho. Para não ficar parado, após a aposentadoria ele criou um cartão de visita personalizado para divulgar seu programa de palestras. Como retorno da iniciativa, Ives foi convidado por uma empresa francesa, de Curitiba (PR), para fazer um ciclo de palestras na cidade sobre segurança, higiene e medicina do trabalho. E foi durante a realização desse projeto, ao ouvir a charmosa língua francesa, que surgiu o desejo de viajar para França e aprender o idioma.
Sem conhecer nada da cultura local, Ives chegou em Paris e permaneceu por quinze dias como turista. Nesse tempo visitou museus, pontos turísticos e assistiu shows como o Moulin Rouge. Depois desse período ele se matriculou na EF – Escola International de Idiomas e começou a conviver com uma família anfitriã selecionada pela entidade. No curso conviveu com alunos de 15 a 30 anos, dos cinco continentes, e participou do programa de atividades de visitação cultural aos monumentos. Durante a viagem ele também foi correspondente de jornais e rádios da região do oeste e sudoeste do Paraná, com noticiários semanais, e nas horas de folga fez cursos na área de Relações Humanas, na Universidade de Sorbonne, em Paris.
Após 88 dias morando em outro país, Ives diz que felizes são os aposentados que estão descobrindo novos valores, antes não desejados. “Como lição disso tudo aprendi que nunca é tarde para aprender, e também nunca é tarde para uma nova caminhada no rumo empresarial. Veja exemplos como Roberto Marinho, iniciou o seu império depois dos 64 anos, e do arquiteto Oscar Niemayer, que se descobriu depois dos 60 anos”, comenta. Para ele, “o aposentado é uma pessoa com valores magníficos e com uma grande sensibilidade pelos anos vividos. Jamais será um jovem na forma física, mas é um grande pensador e multiplicador intelectual de ideias para o bem da humanidade”, afirma. De volta ao Brasil, Ives segue com seu programa de palestras e projeta algum dia retornar ao continente europeu para viver novas experiências.
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“é maravilhoso poder contar com a complementação, pois se eu fosse depender das vias normais não ia conseguir fazer nada. Quando voltei da minha viagem pude contar com essa ajuda financeira”
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