Final do ano chegou e no mês mais festivo vem aquela imensa lista de coisas IN-DIS-PEN-SÁ-VEIS para comprar. Faz parte. É época de confraternizar, rever gente querida e ser feliz. Mas uma hora as comemorações vão acabar – e as dívidas feitas durante esse período infelizmente não vão sumir.
Para não cair nas ciladas costumeiras dessa época do ano e não se endividar, é importante saber que parte do nosso comportamento se deve a nosso lado mais emocional e menos racional. Então, precisamos ficar alertas às nossas emoções!
Todos nós ficamos sujeitos a empolgação momentânea e de agir com imediatismo, querendo satisfazer todas as nossas vontades e já! Se não parar para fazer as contas no papel ou em uma planilha e deixar só por conta da contabilidade mental, o risco de comprometer mais do que se deve (e tem!) com os gastos extras é quase certo. Tentativas de compensações também podem ser perigosas, seja em relação a nós mesmos (se presentear para compensar o cansaço, estresse ou alguma frustração), seja com terceiros (presentear filhos, parentes e amigos buscando compensar a ausência e aliviar a culpa, por exemplo).
Preparamos esse guia para ajudá-lo a evitar as ciladas financeiras mais comuns no Natal, seja na hora de comprar presentes, ao participar de amigos secretos, ou quando for preparar a ceia. Tudo para que você encerre o ano com algum respiro. Confira:
Nos presentes
A época de Natal é um período em que você pode colocar em prática todas as dicas sobre como cuidar bem do próprio bolso. Na hora de comprar presentes, comece pelo básico: faça uma lista das pessoas que você gostaria de presentear e das ideias que já teve sobre o que comprar para cada uma delas. Defina qual o orçamento disponível de acordo com suas possibilidades. Antes de bater perna, faça uma pesquisa rápida de preços pela internet, pelo menos dos itens mais caros. Assim, você chegará ao comércio com uma visão mais clara do que está caro ou barato. E, quanto mais cedo você souber o que quer comprar de presente, mais chances você tem de encontrar uma promoção e mais tempo de juntar o dinheiro.
Pense bem antes de parcelar uma compra. O início do ano costuma ser repleto de despesas extraordinárias (impostos, material escolar, entre outros). Ter dívidas do ano anterior para quitar pode acabar desregulando seu orçamento por meses. E, a depender de quando for encontrar a pessoa que será presenteada, você pode adiar a compra para o início do ano e aproveitaras primeiras queimas de estoque que as lojas fizerem. Os preços provavelmente estarão bem mais baixos.
No amigo secreto
A ideia de presentear apenas uma pessoa durante a confraternização de fim de ano de um grupo – do trabalho, da família ou de outros ambientes – surgiu exatamente por uma preocupação financeira. É mais barato, afinal, comprar um só presente do que vários, um para cada pessoa. Mas para que a economia realmente funcione, dois aspectos precisam ser considerados.
O primeiro é a necessidade de que o grupo estabeleça um piso e um teto para o valor do presente. Afinal, quem nunca comprou um presente super legal e ganhou um guarda-chuva? Mas de quanto? Isso pode variar segundo o grau de afinidade e o ambiente em que a brincadeira vai se desenvolver. O mais importante é definir o valor de acordo com a capacidade econômica do grupo. Se as condições financeiras forem muito diferentes, opte pela opção mais barata, que é mais inclusiva e evita constrangimentos.
O segundo ponto é a quantidade de amigos secretos dos quais você pretende participar. É difícil escapar de alguns deles – a turma da firma e os familiares, por exemplo, são grupos de convivência muito próximos. Mas o amigo secreto da academia ou da vizinhança podem ser mais dispensáveis para a maioria das pessoas. Para economizar, selecione os grupos que você considera mais importantes e evite entrar nos outros.
Na ceia
A conta pode ficar cara para quem recebe todo mundo em casa para a ceia de Natal. Por isso, a primeira dica é sugerir que o jantar seja colaborativo. Essa alternativa funciona bem principalmente quando os membros do grupo são próximos entre si. Em vez de uma só pessoa bancar tudo, a ideia é que cada participante colabore com alguma coisa – seja com um prato, com as bebidas, com a decoração. Para que funcione (e que os pratos harmonizem entre si também), o ideal é que alguém assuma a coordenação do evento, organizando quem leva o quê.
Outra regra de ouro é comprar o que for possível com antecedência, para evitar os preços mais altos dos supermercados. Procurar evitar e substituir ingredientes caros também é importante, e relativamente fácil. Há outras opções tão gostosas quanto e mais baratas. Use a criatividade e transforme os itens mais caros em coadjuvantes da sua ceia. Se ainda assim tiver algo que é significativo e você não abre mão, procure então reduzir as quantidades de ingredientes e a variabilidade de opções de comidas e bebidas. Concentre-se em poucas e boas.
13º salário
Para quem recebe 13º salário, ou mesmo outras rendas extras, se organizar um pouco o uso desse dinheiro conseguirá gastar com mais eficiência e quem sabe até poupar uma parte, começando o ano com uma certa folga financeira interessante. Para evitar que o dinheiro evapore, estabeleça prioridades e limites.
Comece pelas dívidas que eventualmente você tenha acumulado durante o ano, principalmente as que tiverem juros mais altos. Lembre-se também dos gastos extraordinários de início de ano e reserve uma parte do dinheiro para resolvê-los rapidamente durante o primeiro trimestre. Só depois conte com a renda extra para aquisições menos urgentes (e mais interessantes!).
Fonte: Como Investir/Anbima
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