Engana-se quem pensa que a educação financeira já faz parte da rotina das famílias brasileiras. Não poderia ser diferente, se pensarmos nos anos e anos que o Brasil viveu em meio à hiperinflação. Mas os tempos de estabilização vieram para ficar e, agora, mais do que nunca, é possível planejar o orçamento, bem como ensinar aos filhos como fazer isso.
De acordo com o educador financeiro álvaro Modernell, os pais não conseguem educar os filhos financeiramente porque encontram três problemas: como se aproximar das crianças, como falar do assunto na linguagem delas e como despertar o interesse dos filhos para o assunto. “Cada um tem de encontrar uma maneira, não tem uma receita de bolo”, ressaltou.
Porém, tratar o tema de maneira muito séria não vai ser interessante para os pequenos. A forma mais adequada, na opinião de Modernell, seria aliar a educação financeira a um assunto de interesse das crianças.
Como fazer isso?
Ele exemplificou da seguinte maneira: seu filho adora futebol e quer uma bola nova. Antes de comprá-la, pesquise preços, escolha a melhor marca e reflita sobre a necessidade da aquisição. “Não diga o ‘não pelo não` nem o ‘sim pelo sim`. Nesteúltimo caso, você se livra de um problema dizendo sim, mas perde a oportunidade de educar seu filho financeiramente”, disse Modernell.
De acordo com ele, os filhos devem estar envolvidos no orçamento, mesmo que eles não queiram saber das contas da família. “Mostre com base em um interesse que ele possui”.
A partir de quando?
Uma dúvida que muitos pais têm é em relação a que idade começar a falar de finanças com os filhos. A resposta do educador financeiro é “depende muito da maturidade da criança, mas, a partir dos cinco, seis, sete anos de idade, pode-se usar a estratégia do interesse”.
Já a planejadora financeira Myrian Lund disse que, a partir do momento em que a criança está alfabetizada e aprende a lidar com os números, o que acontece em torno dos sete anos, ela já pode começar a ser estimulada. “Primeiro ela tem de ter essa noção dos números”, destacou.
A planejadora ainda disse que, além de dar uma mesada, o que ajuda bastante na educação financeira, os pais devem aprender a premiar os filhos que conseguem guardar dinheiro. “é preciso estimular a juntar dinheiro, que é a grande cultura que falta hoje. Isso ainda é uma dificuldade na população em geral”.
Um outro passo interessante é, à medida que o filho crescer, fazer uma poupança para ele, com o dinheiro que for guardado ao longo do tempo. “Quando a criança junta, o ideal é que o dinheiro fique na mão dela. Depois, abre-se uma poupança com o nome dela, desvinculada da conta dos pais”, acrescentou, para que não haja o risco de os adultos mexerem nesse dinheiro.
Deixe as crianças darem sugestões
Myrian afirmou que os pais têm de se acostumar a fazer uma “mesa redonda” com os filhos, para que eles os escutem.
“Por exemplo: a conta de telefone disparou. Então, você faz uma reunião e diz ‘estamos com problemas, o que faremos para resolver?`. Normalmente, os pais já chegam com uma solução, mas o que ajuda os filhos é colocar o problema e deixar que eles deem soluções”.
Para isso, porém, é preciso estar aberto ao diálogo, o que ajudará a criança a ter um relacionamento melhor com o dinheiro no futuro.
Fonte: InfoMoney
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