Segundo especialista, agora não é o momento de sair dos planos de previdência Os fundos de previdência investem em ativos de renda fixa e, dependendo do plano, também em renda variável. No segmento de renda fixa, em geral, os planos investem em títulos de longo prazo, sobretudo nas Notas do Tesouro Nacional série B (NTN-Bs), um dos títulos do Tesouro Direto que paga uma taxa de juros pré-definida, mais a variação do período medida pelo IPCA.
O mercado de juros de longo prazo tem subido bem nessesúltimos meses, puxado pela perspectiva de alta da Selic. Essa alta afeta a performance dos planos por causa de um efeito contábil que chamamos de marcação a mercado. Um exemplo: Se o plano adquire um título cujo valor é de 100 reais, que paga juros de 7% ao ano e tem prazo de um ano, o valor dele no vencimento será de 107 reais. Se o mercado subir o juro para 7,5% no mesmo dia, será feita a marcação a mercado dessa nova taxa para que mesmo com uma taxa diferente, o investidor receba o mesmo valor no vencimento do título.
Ou seja, será descontado o valor futuro do título à nova taxa (107/1.075), o que dá 99,53 reais. Essa diferença (100 – 99.53) será uma perda contábil, refletida na rentabilidade do plano no curto prazo. Mas, se o plano ficar com o título até o vencimento, ele será resgatado por 107 reais de qualquer forma.
Isto é, o plano comprou um título por 100 reais, a uma taxa de 7% por um ano e irá receber no futuro 107 reais. As oscilações das taxas ao longo do tempo não afetam a rentabilidade do investimento feito. Apenas no caso de o plano vender o título antes do vencimento esse evento provocaria perdas.
A Bolsa também vem apresentando performance negativa, afetando o desempenho dos planos que têm renda variável.Apesar da forte deterioração de expectativas que tivemos nasúltimas semanas, acho que o mercado está um tanto exagerado. Minha recomendação: Não saia agora de fundos, pois o momento é ruim.
Fonte: Portal Exame
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