Ao debater sustentabilidade, é comum refletirmos sobre o que deve ser feito pelos governos e pela sociedade. O problema nessa reflexão é o entendimento que temos do conceito de sociedade. Para muitos, sociedade é sempre aquilo que os outros devem fazer, nunca o que nós mesmos fazemos.
O conceito de sustentabilidade em finanças obedece à mesma lógica aplicada à natureza. Indivíduos insustentáveis criam uma sociedade insustentável. Quem gasta mal ou sem planejamento terá menos reservas futuras e dependerá mais da Previdência Social e de outras formas de amparo do governo.
Saber lidar bem com seu dinheiro é uma prática cidadã. Quem evita gastos desnecessários (principalmente com juros das dívidas) tem mais dinheiro para o consumoútil. Os benefícios, nesse caso, ocorrem em cadeia. Ao aquecer a economia, beneficiamos comerciantes, distribuidores e produtores. Isso gera mais empregos, aumenta a arrecadação de impostos e, consequentemente, os recursos do governo para dar apoio aos cidadãos em várias áreas.
Os bancos também ganham com a educação financeira. Passam a emprestar menos dinheiro aos indivíduos e mais às empresas, e isso as ajuda a vender mais.
Ao pagarmos juros, nosso dinheiro percorre um circuito bem mais curto do que percorreria ao consumirmos. Dívidas empobrecem não só os devedores, mas a sociedade como um todo.
é por esse motivo que devemos valorizar a educação financeira. Não para preservar apenas o futuro do indivíduo que planeja, mas para movimentar a economia, impactada pelas boas escolhas.
Planejamento financeiro não é sinônimo de cortar gastos e fazer poupança. Planejar as finanças significa obter mais qualidade de consumo, mais produtividade e realização pessoal no uso do dinheiro. Isso envolve gastar de maneira recompensadora e sustentável, poupar de maneira eficiente o mínimo necessário para que o bom padrão de consumo não falte amanhã.
Nenhuma forma de sustentabilidade é tão eficaz quanto o planejamento financeiro familiar. Quando uma família cuida para que não lhe faltem recursos no futuro, tira das costas do governo, das empresas e de seus familiares a responsabilidade de manter dignamente suas condições de consumo. Uma sociedade menos preocupada em prover assistência pode destinar mais recursos à educação, à preservação ambiental e à infraestrutura necessária para continuar a crescer. Na prática, ao cuidarmos de nosso próprio futuro, fazemos nossa parte para não sobrecarregar a sociedade. Essa é a essência da sustentabilidade.
Fonte: Gustavo Cerbasi
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