Já crescido Pavese viajou para a antiga União Soviética, atual Rússia, onde estudou engenharia mecânica. Quando voltou ao Brasil vivia os anos de chumbo, governado pela Junta Militar. Recém chegado de um país comunista, o jovem estudante foi alvejado ainda no aeroporto e preso pela ditadura. “Eu não tinha medo que me pegassem, sempre respondi a todos os questionamentos, não tinha nada que me condenava”, recorda.
Passados os percalços, Pavese mudou-se para São Paulo, onde estudou Ciências Sociais. Fotógrafo desde 1969 transformou o hobby em profissão. “Fui registrado como antropólogo visual da Editora Abril, mas além de fotografar também colaborava com alguns textos. Nessa época conheci praticamente todo o Brasil”, conta.
Mais tarde Pavese ingressou na Tractebel, onde atuou na remoção da população atingida pela construção das barragens. Aposentado há quase três anos, Pavese lembra que assim que encerrou a carreira profissional tratou de descansar. “Fiquei um tempo sem fazer nada, mas me preocupei com o sedentarismo, afinal, é importante ter uma ocupação”. Com a evolução da fotografia, deixou para trás o peso dos equipamentos analógicos e prosseguiu com a arte de registrar o tempo.
Júlio Pavese voltou recentemente de uma viagem de 22 dias pela Europa. Contratado por uma agência de imagens fotografou em Londres, no Reino Unido e em Palermo, Nápoles e Costa Amalfitana, na Itália. Trouxe na bagagem mais de duas mil fotos. Depois de uma breve passagem por Florianópolis (SC), onde reside, foi revisitar sua terra natal.
Questionado sobre os seus destinos preferidos, Pavese garante que o México é maravilhoso, assim como Cuba. “Quando você chega a Cuba tem a sensação que está na Bahia, só que o idioma é o espanhol. A Itália também é muito bonita, mas atualmente o país está desmoralizado, isso interfere no cotidiano da população”.
A importância da Previdência Complementar
“A adesão ao plano de Previdência Complementar foi fundamental pra que eu não dependa somente do INSS hoje. Quem tem essa oportunidade deve aproveitar, principalmente pela contribuição que a empresa faz”.
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