O ano de 2024 foi marcado por intensos acontecimentos no cenário econômico e político, tanto no Brasil quanto no exterior. No contexto doméstico, o Brasil vivenciou o fim do ciclo de afrouxamento monetário, seguido pelo início de uma nova fase de alta nas taxas de juros conduzida pelo Banco Central. Apesar das expectativas iniciais, a atividade econômica superou as projeções dos economistas, resultado de um forte impulso fiscal promovido pelo aumento significativo nos gastos do governo. Contudo, a inflação fechou o ano acima do teto da meta estipulada, reforçando os desafios enfrentados pela política monetária. A crise fiscal ganhou destaque ao longo do ano, intensificada por um pacote de ajuste fiscal aquém das expectativas, desancorando as expectativas inflacionárias. Além disso, a comunicação inconsistente por parte das autoridades contribuiu para um aumento da volatilidade e para a desvalorização do real, levando o dólar a ultrapassar a marca de R$6,20 no final do ano.
Nos Estados Unidos, o cenário político foi igualmente turbulento, com um episódio envolvendo uma tentativa de assassinato do então candidato Donald Trump, evento que adicionou ainda mais tensões ao já conturbado período de Eleições, além da desistência do presidente Joe Biden da disputa eleitoral. As eleições presidenciais norte-americanas culminaram com a vitória de Trump, um resultado que promete aumentar a incerteza no panorama político global, dada sua agenda e o impacto potencial sobre as relações internacionais.
No restante do mundo, os desdobramentos foram igualmente desafiadores. A Europa enfrentou um período de fragilidade institucional e política, com a França e a Alemanha como principais focos de atenção, refletindo os crescentes desafios de coesão entre os países do bloco. Enquanto isso, a China, tradicionalmente um dos principais motores do crescimento global, registrou uma desaceleração econômica, apesar dos estímulos realizados pelo governo local, aumentando as preocupações sobre os rumos da economia global.
Diante desse cenário repleto de incertezas e volatilidade, nossa estratégia de investimentos manteve-se focada em identificar oportunidades que mitigassem riscos e garantissem resiliência e desempenho consistente no longo prazo.
Ao longo de 2023 e 2024, encerramos nossa posição em NTN-Bs com vencimentos mais longos e alocamos em títulos com vencimentos mais curtos, conforme gráfico abaixo. Esse movimento teve o objetivo de proteger a carteira de renda fixa de um possível cenário de descontrole fiscal, que poderia impactar negativamente a parte longa da curva de juros e deteriorar as expectativas de inflação, cenário que de fato se concretizou ao longo de 2024.
Essa estratégia não apenas gerou ganhos enquanto estávamos alocados na parte longa da curva, mas, principalmente, protegeu o segmento de Renda Fixa dos resultados negativos das NTN-Bs com vencimento mais longo (vide gráfico abaixo). Como resultado, nossa carteira de Renda Fixa performou 9,14% no ano de 2024 (equivalente a 84% do CDI), superando as expectativas em um ambiente tão desafiador.
O segmento de Renda Variável, que apresenta 70% do portfólio indexado ao Índice Ibovespa, obteve uma performance de -12,15% contra -10,36% do Ibovespa.
Como resultante dessas estratégias, os Perfis de Investimentos da PREVIG, em 2024, performaram conforme gráfico abaixo:
Para mais informações sobre os Perfis de Investimentos, basta acessar a Área do Participante aqui.
Diante de tantas incertezas no cenário doméstico e internacional, seguimos com uma posição conservadora em nossa carteira, composta por ativos líquidos (99% títulos públicos no segmento Renda Fixa), e atentos a possíveis oportunidades que possam ser geradas pelo aumento de volatilidade nos mercados.
No dia 15 de outubro, o Conselho Deliberativo da PREVIG aprovou mudanças no Regulamento do Plano CD e no Estatuto da Entidade. Regulamento do Plano CD As mudanças seguem em linha com as últimas alterações, como adequações à nova legislação, além de flexibilizar algumas escolhas para os participantes e assistidos. Confira abaixo as principais alterações: […]
Queremos compartilhar um importante avanço relacionado à tributação dos planos da previdência privada. Em 11/01/2024, foi publicada a Lei 14.803/2024, permitindo que os participantes dos planos de contribuição Definida possam escolher o regime de tributação até o momento da obtenção do benefício de aposentadoria ou da requisição do primeiro resgate do Saldo de Contas. Com […]