Organização é palavra chave para a designer Camila Cogo, que mora com duas amigas. Dividindo o apartamento há dois anos, cada moradora gasta R$ 700 por mês nas contas em conjunto (aluguel, condomínio e contas de água, luz e telefone). “Também dividimos igualmente os gastos com produtos de limpeza e o pagamento dos serviços da faxineira”, afirma Camila. “Mas, como revezamos quem pagará pelo serviço, fazemos as anotações em um calendário. Nunca deu problema”, diz.
Manter o pagamento das contas em dia nunca foi um obstáculo para as três amigas. Com o total dos gastos fixos estabelecido, cada uma entrega o valor antecipadamente à “síndica” da vez para que tudo seja pago na data correta. Elas também guardam todas as notas do que foi comprado em comum e reúnem-se para discutir o orçamento apenas em situações como reajuste de condomínio ou despesas extras. “O indicado é que os moradores tenham controle e regularidade de encontros para discutir suas finanças e bater as contas. Fazer reuniões semanais ou pelo menos uma vez por mês ajuda muito”, afirmaângela.
A maioria das confusões nas finanças para quem mora junto acontece, segundo especialistas, nas pequenas compras do dia-a-dia. Alguns moradores, por exemplo, sentem-se lesados ao ter sua parte dos alimentos consumida pelos outros moradores e chegam até a esconder produtos para que isso não ocorra, rompendo longas amizades. Para que desentendimentos sejam evitados, os moradores devem perceber se é realmente vantajoso comprar os alimentos em conjunto ou não. “Se fizerem a maioria de suas refeições fora de casa, não há sentido em dividir igualmente este tipo de gasto”, diz Nélson de Souza, professor de finanças do Ibmec. “Mas, se a compra for coletiva e apenas um realizar o pagamento para depois os outros acertarem é preciso cumprir o acordo”, afirma.
Fazer o “acerto de contas” regularmente é um hábito do ilustrador Francisco Gonçalves França. Há mais de um ano dividindo apartamento com um amigo, Francisco paga a metade das contas fixas, cerca de R$ 800 por mês, depois que seu amigo já arcou com as despesas. Sem controles fixos ou reuniões mensais, os moradores apostam na confiança mútua para manter o orçamento organizado. “Nunca anotamos ou guardamos notas. Cada um tem uma ligeira noção dos gastos referentes às compras de casa, sem nenhum controle formal”, diz.
Em situações como esta, a relação de confiança é fundamental para que não haja problemas. Entretanto, Souza lembra que os desentendimentos acontecem com mais freqüência quando faltam planejamento e disciplina. “Um dos grandes erros de quem divide imóvel é combinar uma data para acertar as contas e atrasar o pagamento; isso desgasta muito a relação de amizade. Nesse caso, é preciso ainda fazer um acordo, já que haverá a cobrança de juros para algumas contas”, afirma. O problema, entretanto, pode ficar maior quando o morador torna-se inadimplente e compromete as finanças do grupo. “Caso a inadimplência seja passageira, é possível fazer uma negociação e combinar com o morador que esteja passando por dificuldades uma prestação de serviço como meio de amortizar a dívida, por exemplo. Mas, se o caso for mais grave, o grupo deverá repensar a participação deste integrante e comunicá-lo o mais brevemente possível”, afirma Mauro Calil, consultor financeiro.
A convivência do grupo também pode ser alterada a partir de atitudes como hospedar parentes e namorados (as) no imóvel coletivo. Mais do que um “estranho no ninho”, esse novo morador trará despesas adicionais que não devem, segundo Calil, ser compartilhadas. “O morador que trouxer o hóspede deve fazer compras no supermercado e aumentar sua contribuição em contas como água, luz e gás, já que haverá um excedente de consumo”, afirma. “Além disso, no caso de algum objeto ser danificado, é preciso fazer a reparação imediata por meio da compra de um novo produto ou do ressarcimento financeiro”, diz.
Fonte: Economia IG
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