é fato que a competitividade impulsiona a busca pelo conhecimento. Quem quer conquistar as melhores vagas deve estruturar a carreira de forma estratégica: apostar em experiências no exterior, vivências multiculturais e ter comportamento inovador. Assim, além do domínio técnico, a fluência em idiomas – não apenas do inglês, que se caracteriza como premissa para vagas em multinacionais, por exemplo – é vista pelo mercado como entendimento que as empresas ultrapassam suas fronteiras físicas.
Tal movimento é tão claro que as escolas regulares, principalmente as particulares, vêm oferecendo mais qualidade no ensino, o que garante melhor desempenho para profissionais no futuro. “Estas crianças, inclusive, já fazem testes de proficiência, de nível internacional, para certificarem seus conhecimentos. Como nem todos tiveram esse privilégio, é preciso planejamento e foco”, destacou Maria Claudia Bido, coordenadora do Instituto de Idiomas da Unisinos, o Unilínguas.
Ela ainda ressalta que a procura no instituto é bastante sazonal. “Este ano tivemos aumento considerável na busca por mandarim e espanhol como terceiro idioma, o que acompanha as necessidades do mercado local – relações comerciais com o oriente e países vizinhos, por exemplo.” Porém, a demanda por inglês segue intensa entre os universitários.
Vanessa Brückner, que estuda alemão, contou que, além se identificar com o idioma, trabalha em uma empresa com origem no país. “Boa parte da documentação da SAP está no idioma. Com o tempo, senti necessidade de compreender os conteúdos sob o ponto de vista original.” Ela ainda conta que o domínio da língua facilita a relação com clientes e abre um leque de possibilidades de entretenimento, fugindo do lugar comum dos enlatados americanos. “Assisto séries e programas pela internet ou pelo canal Deutsche-Welle. Além disso, utilizo bastante em viagens e passeios”, disse que ela, que ainda pretende estudar francês.
Aluna de espanhol na modalidade a distância, Sabrina Scaranari Pires lembra que a bibliografia hispânica apresenta o segundo maior acervo do mundo, o que já é forte indicação para o aprendizado. “Além da presença do Brasil no Mercosul, sabe-se que a Espanha é país de forte representação na Europa, com programas de estudos interessantes para estrangeiros. Após a conclusão do curso, pretendo participar de processos de seleção para mestrado e doutorado, já que o meu objetivo final é lecionar em universidades. Tenho convicção de que adquirimos vasto conhecimento a partir do acesso e compreensão das literaturas estrangeiras”, ressaltou.
Fonte: Pense Empregos
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