Segundo a psicóloga Rita Calegari, do Hospital e Maternidade São Camilo, “a infância abrange pelo menos dez anos de nossa vida e esse é um momento muito rico em aprendizado e vivência, que vai estruturar toda a vida adulta de uma pessoa.
Por isso, a extrema importância que pedagogos e psicólogos dão às brincadeiras”. Ocupar a infância com cursos de inglês ou espanhol, supondo que com isso vão criar futuros gênios, não é uma boa opção, pois essas matérias podem ser aprendidas na adolescência ou em qualquer outra época da vida.
Mas sentar no parquinho, subir no trepa-trepa e ter a alegria de descer num escorregador só acontecem nos primeiros anos de vida. “A maioria dos pais nem imagina o quanto essas brincadeiras contribuem para que a criança venha a ser um adulto criativo e bem-sucedido”, diz a psicóloga Elizabeth Monteiro, autora do livro Criando filhos em tempos difíceis (Editora Mercuryo).
Existe uma ligação estreita entre brincadeiras e inteligência, e a pesquisa feita pela University College de Londres, publicada na revista The Lancet, mostra isso claramente. Os cientistas trabalharam programas de brincadeiras com crianças de países pobres que têm, além de desnutrição, falta de estímulo, o que compromete fortemente o desenvolvimento cognitivo.
Comprovaram que só por meio das brincadeiras o quociente intelectual (QI) dessas crianças aumentou nove pontos.
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