Para aqueles que trabalham ou lecionam sobre educação financeira há um conselho unânime, uma regra básica a ser seguida à risca. Quem deseja ter sucesso financeiro ou equilibrar as contas precisa colocar todos os gastos no papel.
Visualizar os gastos é importante e o modo de fazer isso é muito particular. Pode-se fazer em uma planilha no computador ou em um caderno. Pode-se também registrar os gastos diariamente ou reunir todos os comprovantes e registrar de uma só vez no controle no final de semana. Dessa maneira a forma não importa muito, mas a regularidade e a fidelidade nos dados, inclusive dos centavos, irão revelar como anda sua vida financeira.
Isso pode parecer um discurso repetitivo, mas o detalhamento dos nossos gastos é como se fosse uma radiografia das nossas finanças. Quando detalhamos e visualizamos todas nossas despesas, conseguimos enxergar com o que gastamos, quais são os desperdícios, quais são nossas obrigações mensais e como é o nosso padrão de consumo.
Tenho o costume de dizer que um bom planejamento financeiro, que nos dê segurança, precisa considerar o que acontece em cada fase da nossa vida, pois em cada uma delas haverá diferentes demandas, necessidades, estímulos e desejos. E para que todas, ou grande parte delas, possam ser supridas da melhor forma possível é ideal ter uma estratégia pré-definida. Aos 20 anos você pode desejar cursar uma universidade, fazer uma viagem, comprar um carro. Já aos 30 anos você quer uma casa, por exemplo, e assim sucessivamente.
Mas independente do sonho que cada um de nós possui, devemos compreender que o dinheiro pode chegar até nós de diversas formas. Pode ser pelo nosso trabalho, renda extra, mesada dos pais, herança etc. Mas ele pode acabar e faltar em uma velocidade muita rápida. E aí vêm as conclusões maisóbvias, como, por exemplo, o salário acaba antes de chegar o final do mês e não conseguimos honrar todos os nossos compromissos.
é nesse momento em que nos perguntamos: “Para onde está indo o dinheiro?”. O início do sucesso do planejamento financeiro será com uma planilha detalhando todos os seus gastos. Muitos pensam só nos gastos mais altos, como a parcela do carro ou da casa, um curso etc, mas deixam passar o cafezinho, o happy-hour e algum presente de aniversário inesperado, por exemplo. Se o dinheiro do cafezinho, do pãozinho e de tantos outros gastos pequenininhos não forem computados, todo mês será igual ao anterior: com falta de dinheiro e torcendo para que o mês seguinte e o salário cheguem logo (um desejo que não faz desaparecer as dívidas).
A prática no início pode parecer penosa, mas garanto que esse é o passo inicial do processo de enriquecimento. Não custa nada lembrar que como qualquer outra atividade em nossa vida, formar um bom patrimônio requer disciplina e tempo. O correr do tempo não está em nossas mãos, mas a disciplina nas nossas finanças pode ser controlada desde já.
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