Entrevistamos Levi Nagano, Diretor Administrativo Financeiro da PREVIG, para auxiliar os Participantes na análise sobre a alteração da modalidade de investimento que ocorre no mês de março. Confira o bate-papo completo abaixo, onde Nagano esclarece o cenário econômico atual e apresenta os resultados da PREVIG em 2018.
Como está o cenário econômico nacional e mundial?
A previsão é que a economia mundial irá crescer em 2019, porém em um ritmo menor que 2018. Atualmente a grande questão é se esse crescimento menor levará a uma desaceleração maior no futuro. No caso do Brasil o fator externo pode afetar bastante nossa economia, porém, o “divisor de águas” será a aprovação ou não da reforma da previdência e o quanto de economia isso irá gerar no caso de aprovação.
Quais as estratégias da PREVIG para enfrentar os desafios econômicos?
Acreditamos que será um ano de muita volatilidade. Estamos bem estruturados para, independente do cenário que se apresentar buscar retorno. A carteira de investimentos está bem flexível para conseguirmos nos adaptar rápido a qualquer situação.
Como a economia afeta a rentabilidade dos planos de previdência complementar?
A rentabilidade dos fundos é diretamente afetada pela economia, porém não determinada por ela. O que determina a rentabilidade é a conexão do gestor com a realidade, ou seja, é responsabilidade do gestor analisar a economia, se antecipar ao cenário que irá se apresentar e assim capturar um bom retorno independentemente se a economia está indo bem ou não.
Como foi o ano de 2018 da PREVIG?
A ano de 2018 foi bastante positivo para a PREVIG. Na Renda Fixa do plano CD fechamos o ano com um resultado de 8,59%, o que representa 134% do CDI. Já na Renda Variável nosso desempenho foi em linha com o índice Ibovespa 14,13%. Os perfis de investimento são uma composição desses resultados e apresentaram os seguintes retornos: perfil RF: 8,63%, Mix I: 8,84%, Mix II: 9,50% e Mix III: 10,13%.
Clique aqui e confira a Apresentação dos Resultados 2018 da PREVIG
Qual o patrimônio da PREVIG em dezembro de 2018?
A PREVIG fechou o ano de 2018 com um patrimônio total de R$ 1,4 bilhões
Como se classifica a rentabilidade da PREVIG se comparada às Entidades de mesmo porte?
Mais um ano que conseguimos entregar resultados superiores a mediana da indústria das Entidades Fechadas de Previdência Complementar. Porém, o mais importante é analisarmos os resultados em um prazo maior para termos certeza que a estratégia de investimentos está de fato funcionando.
Então, analisando um prazo maior como foi a evolução dos investimentos da PREVIG?
Toda nossa filosofia de investimentos se baseia no longo prazo e traçamos estratégias com essa visão. Nosúltimos 11 anos tivemos um resultado excelente, fruto das escolhas corretas, primeiro da estratégia e depois dos instrumentos que foram utilizados para capturar um retorno bem superior aos índices de mercado. Na Renda Fixa do plano CD nosso resultado foi de 246% (125% do CDI) e na Renda Variável nosso retorno foi de 69% versus 28% do Ibovespa. Cabe salientar que esse retorno da Renda Fixa resulta em um juro real anualizado de 5,8%. Resultado esse acima da inflação, ou seja, quanto aumentou de fato o poder de compra do saldo dos Participantes a cada ano.
Por que é importante pensar no longo prazo quando investimos em previdência complementar?
As estratégias de investimento podem ser bem diferentes dependendo do prazo que se traça, dessa forma, é essencial analisarmos quando será utilizado os recursos que estão sendo investidos. No caso de um prazo longo precisamos garantir que a estratégia principal seja resguardar o poder de compra ao longo dos anos e deixar que o poder dos juros compostos entre em ação.
Do lado psicológico, o ato de se investir a longo prazo exige disciplina que depois de algum tempo vira habito e a pessoa quando se dá conta conseguiu formar um belo patrimônio para o futuro, o que a deixa melhor emocionalmente no trabalho e com a família, contribuindo assim com uma melhor qualidade de vida.
Cada Participante tem um perfil de risco e um objetivo diferente para cada momento da sua vida. O que é importante considerar ao escolher a modalidade de investimento?
Considero o ciclo de vida como um dos três principais balizadores a serem considerados na hora da escolha do perfil. Como é um recurso destinado a aposentadoria, estamos falando de um investimento de longo prazo, portanto quando estamos começando a carreira podemos assumir mais risco (nesse caso exposição a Ações), pois qualquer período negativo na rentabilidade pode ser recuperado em períodos posteriores e quanto mais perto da aposentadoria é recomendável sermos mais conservadores, pois já não se tem tanto tempo para recuperar períodos negativos.
Outro ponto importante que precisa ser considerado é a aversão a risco individual. E o terceiro aspecto seria em relação ao patrimônio que cada um possui dentro e fora da PREVIG para o mesmo fim, ou seja, tentar achar um equilíbrio de quanto se quer ficar exposto a ações sobre o patrimônio total (PREVIG + outros investimentos) destinado a aposentadoria. Um equilíbrio entre os três pontos que citei seria o mais adequado, na minha visão, na escolha do perfil de investimentos.
Para quem é interessante a escolha da modalidade Referenciado DI?
O Referenciado DI destina-se principalmente a todos aqueles Participantes que possuem uma maior aversão a risco e também para aqueles já aposentados que desejam mais segurança e preferem ter mais previsibilidade da rentabilidade do perfil.
Qual a diferença entre as modalidades Referenciado DI e Renda Fixa?
O que pode confundir muitos é o nome Renda Fixa. Essa modalidade pode englobar uma série de títulos públicos e privados com diferentes prazos de vencimento; e alguns desses títulos em alguns momentos podem apresentar grandes variações de rentabilidade tanto positiva como negativa. Portanto, Renda Fixa pode apresentar em determinados momentos, a depender da estratégia adotada, rentabilidade negativa ou abaixo do CDI*. Já o Referenciado DI não apresenta rentabilidade negativa em nenhum momento, pois, é composto apenas de títulos públicos pós fixados. A rentabilidade desse novo perfil vai acompanhar o CDI* e que por sua vez acompanha a taxa básica da economia (SELIC) hoje estabelecida em 6,50% a.a.
*CDI: certificado de deposito interbancário
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