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Tempo de leitura: 4
03/11/2021

Correlação de ativos: qual o impacto nos investimentos?

Sabia que o ato de investir recursos também envolve estatísticas? Justamente por isso, é ideal contar com uma equipe especializada para administrar o capital investido. Dessa maneira, você conta com profissionais que realmente entendem sobre os indicadores do mercado financeiro, de modo a equilibrar a diversificação e a correlação entre os ativos.

A seguir, vamos falar dessa correlação e de algumas variáveis econômicas que influenciam no risco e no retorno dos investimentos. Nesse sentido, a correlação representa a medida estatística que mensura a relação entre duas variáveis, algo que pode ser positivo, neutro ou negativo. A correlação indicará, se há ou não, relação entre os retornos  de duas variáveis, por exemplo: se os retornos do índice Ibovespa possuem alguma relação com os retornos do Índice SP500 (Índice acionário da bolsa norte-americana).

O que significa correlação positiva, neutra e negativa?

A correlação é medida em uma escala que vai do -1 ao +1.

Uma correlação perfeitamente positiva significa que dois ativos se comportam de maneira idêntica e é representada pelo +1. Ou seja, se dois ativos (X e Y) possuem correlação perfeitamente positiva os seus retornos serão idênticos. Uma correlação perfeitamente negativa significa que dois ativos se comportam de maneira diretamente oposta e é representada pelo -1.

De modo geral, os critérios são:

Para facilitar o entendimento, vamos pensar em um exemplo prático, considerando os ativos X e Y. Enquanto o primeiro ativo tem o aumento de 100% do seu valor, o segundo ativo aumenta 90%. Ou seja, a correlação entre esses dois ativos é 0,90%, que é considerada como positiva, com base nessa conta: 100 x 0,90 = 90%

Abaixo a correlação dos últimos 5 anos, de alguns fundos Multimercados  e de Ações para utilizarmos como exemplo:

Como podemos observar, os fundos Multimercados selecionados possuem uma correlação baixa, devido à grande diversificação e diferentes tamanhos de posições dentro de cada fundo, o que não ocorre nos fundos de ações selecionados. Essa alta correlação nessa classe de ativos é devido a limitação do nosso mercado acionário, que não possui ativos suficientes para o tamanho da indústira de Fundo de Ações, além da legislação vigente para fundos de pensão, que restringe determinadas aplicações. Aqui os exemplos foram usados de maneira aleatória, apenas para facilitar a compreensão do assunto abordado.

Qual é a importância da correlação na carteira de investimentos?

Na teoria moderna da construção de portfólios de investimentos, traçamos uma correlação entre todos os ativos da carteira. Assim, podemos analisar o histórico e determinar uma “fronteira” eficiente para diversificar a alocação de recursos. Dessa forma, otimizamos o retorno esperado para um determinado nível de risco.

Para exemplificar, quando incluímos ativos de baixa correlação na carteira, estamos  diminuindo o risco total desse portfólio. Afinal, buscamos obter o melhor retorno, em paralelo ao menor risco possível.

 

Correlação x volatilidade

Como já mencionamos, a correlação negativa reduz o impacto da volatilidade dos investimentos, visto que o risco fica menor. E aqui vai um exemplo ligado à causalidade, para mostrar o “efeito” que uma variável pode causar: com juros altos, as ações dos bancos geralmente se valorizam, à medida que os papéis das empresas do varejo se desvalorizam.

Isso porque, nos períodos de alta volatilidade no mercado financeiro, as ações tendem a se tornar mais correlacionadas, mesmo quando são de empresas de diferentes segmentos. Na crise de 2008, por exemplo, muitos papéis tiveram uma queda expressiva, independente do setor, do lucro e da qualidade das companhias.

Como exemplo e levando em consideração a carteira de fundos Multimercados da PREVIG, temos os fundos e suas volatilidades:

E abaixo o retorno dos fundos no mês de junho:

Agora abaixo, vemos na prática como uma carteira com ativos descorrelacionados protege a rentabilidade do investidor, levando em consideração a distribuição praticamente igual em cada um dos fundos acima:

Por fim, lembre-se que ter uma carteira diversificada reduz os riscos na gestão do patrimônio. E, aqui na PREVIG, você tem diferentes modalidades para alocar os recursos do seu plano de previdência, de acordo com o seu perfil de investidor.

Para saber mais sobre o assunto, consulte outros conteúdos no nosso Blog:

1 – Ciclo virtuoso: da adesão ao plano de previdência até a aposentadoria;

2 – Entenda como a relação entre risco e retorno afeta os investimentos;

3 – Volatilidade: como se proteger das oscilações do mercado financeiro?

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